A Informação Passada a Limpo

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Capanema: 98 anos de fundação.

Cibrasa: a fábrica de cimento que dá o título à cidade de "A Capital Paraense do Cimento".

Histórico da cidade

Capanema, originalmente denominado de Quatipuru, foi desmembrado do Município de Bragança, em 1879. O marco inicial do povoamento de Quatipuru é atribuído ao sítio de Joaquim da Silva, pois foi onde, posteriormente, se localizou a sede municipal. A Lei nº 934, de 31 de julho de 1879, elevou Quatipuru à categoria de Vila e criou o respectivo Município. O Capitão Raymundo José da Trindade Marinho foi o primeiro presidente da Câmara de Quatipuru, instalada em 1º de julho de 1883.

Dentre os principais atos que afetaram a circunscrição legal do Município, convém salientar: a constituição de Quatipuru em Distrito de Paz, de acordo com a Lei nº 432, de 31 de dezembro de 1863; a elevação de Quatipuru à categoria de freguesia, pela lei nº 591, de 26 de outubro de 1868; a criação do Município de Quatipuru, segundo a Lei nº 934, de 31 de julho de 1879, cuja instalação ocorreu em 1º de julho de 1883; a extinção da Câmara Municipal, em 1890, através do Decreto nº 83, de março desse ano e, na mesma data, a criação do Conselho de Intendência Municipal pelo Decreto nº 84, fatos esses ocorridos durante a vigência do Governo Provisório do Estado, advindo do regime republicano; a extinção do Município de Quatipuru e a anexação do seu território aos de Salinópolis e Bragança, mediante a Lei Estadual nº 729, de 3 de Abril de 1900; o restabelecimento do município com seus antigos limites, pela Lei nº 823, de 24 de outubro de 1902; a transferência da sede municipal para Mirasselvas, de acordo com a Lei Estadual nº 1052, de 28 de outubro de 1908, por causa da localização geográfica dessa vila em relação à Estrada de Ferro de Bragança que, na época, se encontrava em construção.

O retorno da sede Municipal para Vila de Quatipuru, em 1913, pela Estadual nº 1327, de 21 de outubro do mesmo ano; a transferência da sede municipal para a Vila de Capanema, segundo a Lei nº 1802, de 4 de novembro de 1919, a alteração da denominação do Município para Siqueira Campos, de acordo com o Decreto Estadual nº 68, de 27 de dezembro de 1930, nome esse que permanecera até 1938, quando lhe é restabelecido o topônimo Capanema, através do Decreto Estadual nº 2.972, de 31 de março desse ano; a tentativa de desmembramento territorial de Capanema para constituir o Municipal de Quatipuru, segundo a Lei Estadual nº 1.127, de 11 de março de 1955, ato esse que resultara anulado, devido à inconstitucionalidade da Lei, decretada pelo Supremo Tribunal Federal; e o desmembramento de parte do território de Capanema para a criação do Município de Primavera, pela Lei nº 2.460, de 29 de dezembro de 1961.

Quatipuru foi o primeiro nome dado ao Município, devido à abundância de roedores - coatipuru ao acutipuru "sciurus aestucus" - existentes na região.

Posteriormente, recebeu a denominação de Siqueira Campos e, a partir de 1938, passou a ser designado de Capanema que, na língua indígena, significa "Mato Infeliz".
Mas a origem real do nome Capanema, se deu por ocasião da construção da da rede telegráfica construida pelo engenheiro Guilherme Schücho, mineiro da freguesia de Antônio Pereira, município de Mariana, nascido em 17 de janeiro de 1825, filho de austríacos. Estudou engenharia na Escola Politécnica de Viena, e voltou ao Brasil com todas as credenciais que a moderna formação científica lhe permitia. Sob os auspícios do imperador, em 11 de maio de 1852 fundou o Telegrapho Nacional, do qual foi o primeiro e único diretor. O nome Rio Capanema foi dado também em homenagem a ele, pois era a beira do rio que Guilherme Schücho e sua equipe paravam para descansar nos intervalos de trabalho.

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