A Informação Passada a Limpo

A Informação Passada a Limpo

Comentário

Na caixinha de comentários do artigo "Ensaio sobre a cegueira - em Santa Luzia", recebi um comentário do amigo Tião Oliveira, vereador eleito e membro do G-5 na próxima legislatura. Transcrevo logo abaixo o excelente comentário:

"Amigo Reinaldo:

Neste excelente texto, acrescento que o PT é fruto de uma grande mentira orquestrado por um grupo de controladores do poder que, infinitamente, fazem uma lavagem cerebral na cabeça dos mais humildes.

O negócio Petista é repetir uma mentira até que ela se torne verdade. A mentira do PT é abrangente e tem origem numa ideologia meio perturbada. Por exemplo: mostre um acampamento do MST com crianças descalças e depois uma grande área com soja e diga que o agronegócio rico fez aqueles pobres. É mentira. A origem, no entanto, é a suposição estúpida, mas convicta em sua estupidez, de que, se todo mundo tivesse um pedaço de terra, o mundo seria um paraíso. Não seria: a humanidade estaria reduzida à metade, vitimada pela fome.

Santa Luzia, infelizmente, ainda sucumbe à estas mentiras e se entrega à promessas de uma dúzia de bandidos que, munidos do dinheiro público, compra e ameaça a nossa população. Espero que, em futuro próximo, possamos nos livrar deste mal que teima em governar nosso Município.

Tião Oliveira."

De panfleto político à condição de maior - jornal O liberal completa 62 anos

Quem leu a edição do jornal O Liberal de hoje conheceu toda a sua histaória desde a fundação nas várias reportagens que foram publicadas em comemoração ao seu aniversário de 62 anos. Abaixo transcrevo uma que conta um pouco da saga do maior jornal impresso do estado.

O 62º aniversário de O LIBERAL tem a marca da ousadia dos homens e do avanço da tecnologia. Criado para ser apenas 'o órgão oficial do PSD', em 1946, o jornal foi além de seu destino e se transformou no mais importante veículo da mídia impressa no Norte e Nordeste do País. Nas mãos de Romulo Maiorana, que o adquiriu do engenheiro Ocyr Proença, em 1966, O LIBERAL não demorou para conhecer as maravilhas da modernidade. Foi o primeiro jornal do Pará a ser impresso no sistema off-set e pioneiro na utilização da informática.

Administrado, há 22 anos, pelo filho mais velho de Romulo Maiorana, Romulo Maiorana Jr., e por seus irmãos, O LIBERAL vive seu terceiro ciclo histórico, depois de 20 anos com os baratistas e mais 20 com o criador das Organizações RM, escrevendo, todos os dias, a história de nossa terra e imprimindo-a com uma qualidade que apenas os grandes jornais do planeta podem exibir.

Parte da história de O LIBERAL está contada a partir da tecnologia empregada - ao longo desses 62 anos - para a confecção do jornal. Para contá-la, foi convidado o professor e jornalista João Carlos Pereira. Ele começou sua vida profissional, em jornal, no ano de 1982, em O LIBERAL. Aqui, trabalhou como copidesque e, logo depois, como repórter e editor. Hoje, assina, às segundas-feiras, a crônica da coluna 'Bom Dia', e faz reportagens especiais.

João Carlos é professor universitário e pertence ao Conselho Estadual de Cultura do Pará e à Academia Paraense de Letras (APL). No momento, a convite da empresa, está escrevendo a história de O LIBERAL, o jornal que, como ele sempre diz, mudou a sua vida.

FATOS

No ano em que O LIBERAL veio ao mundo, a Terra ainda se refazia das mazelas da Segunda Guerra. A colônia nipo-brasileira negava-se a crer na derrota do Japão e nem acreditava na bomba atômica. Em 1946, o País ganhou uma nova Constituição, que dirigiu a nação até 1964. Também em 1946, o sisudo Eurico Gaspar Dutra acabou com a alegria do povo, ao fechar os cassinos e ao proibir o jogo do bicho. Os bicheiros e os apostadores sequer tomaram conhecimento da proibição. Mais ou menos assim como hoje.

A jogatina foi proibida, mas as loterias oficiais continuaram funcionando. No Rio de Janeiro, a Polícia abriu fogo contra uma manifestação comunista. Nesse ambiente, surge o partido socialista brasileiro. Os industriais paulistas conseguem que o presidente Dutra crie o Sesi. O mesmo Dutra, com sua cara de poucos amigos, suprimiu o direito de greve. O ano de 1946 viu nascer a Fundação 'Getúlio Vargas' e Artur Bernardes - ex-presidente da República - eleger-se deputado para lutar pela Amazônia.

Nesse mesmo, Francisco Meireles, do Serviço de Proteção aos Índios, conseguiu pacificar os Xavante-Akwe. No Ceará, Antônio Bandeira e Aldemir Martins se preparavam para seduzir Paris e São Paulo. João Guimarães Rosa escolheu 1946 para lançar o livro de contos 'Sagarana'. Monteiro Lobato ganhou reedição de suas obras completas pela Editora Brasiliense. No cinema, Vicente Celestino protagonizou o filme 'O Ébrio', dirigido por sua mulher, Gilda de Abreu.

O grande sucesso do ano trouxe a assinatura de João de Barro e Alberto Ribeiro. Tratava-se de 'Copacabana', interpretada por Dick Farney, que inaugurou o samba-canção, com estes versos: 'Copacabana, princesinha do mar/ pelas manhãs, tu és a vida a cantar/ e à tardinha, o sol poente/ deixa sempre uma saudade na gente...'. No carnaval, ninguém cantava outra coisa a não ser 'O cordão dos puxa-saco', de Roberto Martins e Trajat.

Ocupado com outras informações, sobretudo as políticas, O LIBERAL vivia uma realidade diferente. Os passos de Magalhães Barata e de Moura Carvalho faziam mais sucesso do que qualquer marchinha de carnaval.

PT e PMDB - Rumo a 2010

Sempre por dentro, o jornalista Ronaldo Brasiliense conta em sua coluna Por Dentro, em O LIBERAL deste domingo, que o governo Ana Júlia - ou antes a Democracia Socialista, tendência que dá as cartas no governo petista – está em processo de desembarque da aliança com o PMDB de Jader Barbalho.

Os motivos são aqueles bastante conhecidos e que se resumem em apenas um número, ou melhor, em um ano: 2010. A DS caiu na real e percebeu o que era previsto desde 1º de janeiro de 2007, quando Ana Júlia Carepa tornou-se a primeira mulher a governar o Pará, desbancando 12 anos de sucesivos governos tucanos: que a aliança entre PT e PMDB, como os amores cantados nos versos de Vinicius, seria eterna enquanto durasse, posto que é chama.

E assim está sendo. As eleições municipais de outubro passado, quando Ana Júlia ficou na dela, muitíssimo na dela, enclausurada numa suposta neutralidade que favoreceu o prefeito Duciomar Costa, em desfavor de seu adversário, o peemedebista José Priante, sinalizaram que o governo petista nada faria para encorpar o pirão de Jader.

Pois o que Ronaldo informa é justamente isto: a DS já percebeu que se o rompimento do PT com Jader não ocorrer agora e já, o cacique peemedebista continuará cevando sua influência no governo do Estado por meio dos cargos que o PMDB detém até chegar 2010, quando ele, Jader, se aliará aos tucanos para disputar o governo do Estado com quem... quem... quem...? Para disputar, é claro, com o PT de Ana Júlia, com o PT da DS. Para disputar com o PT, enfim.Esse é mais ou menos o enredo.

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