E não é que temos um padroeiro

Ontem de manhã quando assistia o Globo Rural, como de costume, vi uma reportagem mostrando uma festa do interior paulista em homenagem o padroiro dos agricultores e da boa colheita, "Santo Isidoro de Sevilha". Até aí tudo bem, por que certa vez li algo sobre esse tema, mas o que me chamou a atenção foi o final da reportagem, quando a reporter falou que o mesmo Santo Isidoro também é "Padroeiro dos Internautas", o que me deixou curioso e recorri à "net", é claro, para saber o por quê.

Eis o que encontrei:

"Isidoro de Sevilha, santo e doutor da Igreja, é considerado o protetor dos usuários de Internet e programadores de computador, segundo fontes do Vaticano".

Considerado um dos grandes eruditos e o primeiro dos grandes compiladores medievais, Isidoro de Sevilha influenciou largamente toda a produção intelectual na Espanha medieval - aglutinador de raças, educador da juventude, obra civilizadora.

Embora sendo um dos autores mais lidos e plagiados de seu tempo, esse grande Doutor da Igreja não teve um biógrafo contemporâneo. Assim, sua vida, além dos traços gerais conservados pela tradição, tem que ser adivinhada em seus inúmeros escritos. Acredita-se que Isidoro, que viveu no século VII, escreveu a primeira enciclopédia do mundo, a Etymologies, a qual inclui registros da medicina, matemática, história, agricultura, economia rural e teologia.

A primeira iniciativa relacionada à Internet do Vaticano ocorreu em 1996, com a criação do site oficial do Vaticano [www.vatican.va], o qual é usado para a publicação de milhares de documentos da Igreja Católica e dos discursos do Papa - já o Papa João Paulo II entrou no mundo virtual em 1998, quando mais de um bilhão de católicos ouviram suas rezas no site do Vaticano.