A Informação Passada a Limpo

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Lucas Cavalcante, 11 anos de saudades...

Recebi [via email] e publico o texto abaixo enviado pelo colaborador do blog, Leandro Lima, homenageando seu saudoso pai, Lucas Cavalcante, que completou 11 anos de falecimento ontem 27 de março.

Saudades de você meu velho Pai

Foi em um sábado como este que há 11 anos eu perdia meu pai, mais que isso perderia meu ponto de referencia meu modelo de intelecto. Ainda lembro como recebemos a noticia, coincidentemente um caminhoneiro amigo de meu pai que passava pelo local do acidente, logo percebeu de quem se tratava seguindo viagem a Santa Luzia do Pará, lembro-me muito bem deste momento quando estacionou um caminhão branco em frente de nossa casa, desceu um senhor de cabelos grisalhos de pouca altura e camisa no ombro, exitou um pouco e nos deu a notícia que mudaria pra sempre nossas vidas.

Como todos sabem o Lukinha [Era assim que ele era conhecido] meu pai tinha uma personalidade forte “cabra macho”, que não levava desaforo pra casa e nem mandava recado, porem tinha um coração enorme e sempre soube fazer boas amizades eu mesmo presenciei uma fase na vida de meu pai muito bonita o habito de ajudar ao próximo, foi quando ele entrou pra política e logo na primeira campanha se elegeu sendo o vereador mais votado. “Isso o envaidecia muito... srsrsrsrs”.

Por inúmeras vezes presenciei visitas a comunidades distribuição de cestas básicas, ajuda na documentação das pessoas e outros trabalhos sociais que ele desenvolvia, que na maioria das vezes era com recurso próprio, ele não se queixava fazia com todo gosto “Ajudo porque eu quero e posso ajudar, é meu dever como vereador” eram essas as suas palavras.

Já não tenho mais palavras pra dizer o quanto faz falta meu pai para nossa família, os momentos que poderíamos ter passados juntos, nossos passeios e pescarias com os seus amigos, sempre que dava você me levava, sinto saudades de quando nós lavávamos o carro aos sábados ou sempre que chovia forte. [Aí aproveitava pra tomar banho na chuva].
Trago comigo um sentimento de vazio imenso, sentimento de impotência de que como explicarei para os meus filhos que eles não terão avô?

Hoje eu poderia apresentar minha namorada, meus amigos, dizer que eu ia sair, viajar, pedir dinheiro, [rsrsrs...rsr.s.r.srsr.s], são coisas assim pequenas que fazem toda diferença e que não valorizamos quando a temos, e achamos nossos pais chatos e ignorantes ou atrasados.


Hoje eu penso diferente penso que eles só ficaram assim porque acordaram na madrugada pra trocar nossas fraudas, nos dá comida, lavar nossas roupas e acima de tudo nos dá carinho e amor sem pedir nada em troca.

São poucos segundos que mudam a nossa vida por completo, agora sempre que posso prefiro está com minha família, com meus amigos, almoçar, jantar, ficar horas na mesa depois do almoço com meus irmãos jogando conversa fora, [“São momentos assim que fazem a diferença nas nossas vidas”] é preciso desfrutar o máximo que nós pudermos da presença de quem se ama, pais, irmãos, amigos, etc. Pois as pessoas que conhecemos podem nos ser tiradas repentinamente e como tal não temos tempo pra desfrutar de seu convívio.

Lucas Cavalcante Lima
* 10/10/1961
+ 27/03/1999
Leandro Lima – Colaborador “esporádico” do blog.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Lucas era um sujeito maravilhoso. Quem desfrutou do seu convivio sabe do que estou falando.Humilde,determinado e caridoso.Precocemente, perdemos uma figura humana admirável.Ainda sentimos saudade.
Adamor Aires

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