E agora Louro?

Com a derrota de Ana Júlia, no pleito de domingo, a pergunta que não quer calar: qual o rumo que o governo local tomará diante da avalanche que está por cair sobre a administração petista, acusada de uma série de irregularidades, comprovadas através das várias ações da CGU e do Denasus realizadas em 2009 e 2010?

O que assombrava o PT luziense era a possibilidade de Ana Júlia perder o mandato e, com isso, voltar à tona velhas questões relacionadas à cassação do mandato do prefeito, quer por crime eleitoral, quer por improbidade administrativa no exercício do cargo. Com a vitória de Simão Jatene, o pesadelo torna-se realidade, pois já não se pode mais supor que haja o “entrave” na adoção das medidas punitivas tanto ao gestor quanto aos seus comandados na execução das ilicitudes.

O que deve predominar, daqui pra frente, é a correria para tentar colocar nos trilhos a vasta gama de irregularidades outrora detectadas e que, ou por incapacidade gerencial, ou má-fe na aplicação dos recursos públicos [pra não chamar de “desvio de finalidade” ou “roubo”], deixaram um buraco gigantesco no que concerne à comprovação dos gastos, inviabilizando a prestação de contas, especificamente no que diz respeito às receitas federais. O que os petistas mais temiam tornou-se iminente perigo.

Simão Jatene, como Governador, vai querer explicações de como foi aplicado cada centavo concedido pelos cofres estaduais aos municípios, principalmente para aqueles que apoiaram Ana Júlia, tanto no primeiro quanto no segundo turnos. Qualquer um, no lugar de Jatene, faria o mesmo. É típico do sistema.

Teremos mais dois meses de mandato de Ana Júlia. Serão dois meses de intensa lamúria. É chegada a hora de juntar os trecos e cacarecos. É também chegada a hora de Puty retribuir a ajuda dada por Ana Júlia, concedendo-lhe, pelo menos, uma assessoria em seu gabinete, em Brasília. Afinal, no final, é o que ela merece!!

E do Louro, o que será daqui pra frente?? No mínimo, uma incógnita.

Nota: O pôster acima foi enviado [via email] pelo nosso colaborador que prefere o anonimato, por motivos óbvios, é claro.