As ideologias morreram. E agora?‏

Os velhos comunistas morreram, seus projetos de poder faliram e suas ideologias românticas se transformaram em ditaduras sanguinárias que ceifaram milhões de vidas. O velho Marx deve está tremulando, no túmulo, de vergonha por que a sede de poder mudou a cabeça de alguns intelectuais e militantes esquerdistas.

Os tempos mudaram, muita coisa aconteceu... O muro de Berlim caiu e apesar disso um operário [Lula] chegou ao poder no Brasil ostentando um passado belissímo é uma prática, no minímo, discutível [mensalão].

Que caminhos a política brasileira seguirá agora? O que esperar das classes políticas? Novos ventos sopram em outra direção. As ideologias morreram e a força dos discursos não mais inspiram confiança. Além do horizonte, surgem timidamente novos paradigmas [gestão pública eficiente e compartilhada, choque de gestão, responsabilidade fiscal, meritocracia, transparência nos gastos públicos...] que procuram modernizar as práticas políticas do futuro, superando antigas formas que tornaram-se obsoletas e nefastas.

Os ícones deste modelo [Aércio Neves, Geraldo Alckmin, Dilma Rousseff, Beto Richa...] são agora os protagonistas da nova política brasileira, os condutores de nossas esperanças. Porém, essa nova prática exige resultados consistentes e não apenas mudanças aparentes. Os tempos são outros, não dá mais para disperdiçar sonhos de gerações inteiras, apenas para servir de escadas à governantes adéptos do caudilhismo. " Um olho na missa, outro no padre".

Jorge Daniel

[Professor, geógrafo e especialista em Gestão Ambiental]