A Informação Passada a Limpo

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Potencialidades da economia local

O jovem município de Santa Luzia do Pará, ainda não encontrou a sua vocação econômica, necessária para organizar o nosso perfil socioeconômico, estruturar a cadeia produtiva para gerar empregos e renda, inserindo grande parte de seus habitantes no mercado de trabalho. Isso também proporciona a formação de um mercado de consumo para produtos e serviços até então pouco explorados em função de suas limitações.

Ainda somos um município onde o serviço público [prefeitura] continua sendo o maior empregador, “um grande cabide de empregos” que atua e se reproduz através da lógica clientelista, sujeita aos ventos e as oscilações da política local. Esse modelo de gestão política e econômica consome grande parte das receitas e das rendas municipais que a rigor deveriam ser usadas para realizar serviços e criar a infraestrutura capazes de atrair empresas e indústrias para potencializar o desenvolvimento local.

O comércio local é um dos fortes pilares da nossa economia. Há uma razoável quantidade de lojas, mercadinhos, bares, lanchonetes, farmácias... Mas, essa atividade tem encontrado enormes obstáculos para crescer e se desenvolver. Hoje se encontra bastante fragilizado por questões estruturais como a falta de agencias bancárias, ausência de espírito empreendedor, falta de representação da categoria [associação comercial/ CDL] e falta de investimentos. Além disso, houve uma brutal concentração de terras eliminando grande parte da agricultura familiar [colonos] que produzia e consumia os produtos vendidos em nossa cidade.

Apesar disso, há um potencial enorme pra ser explorado, caso a cidade de Santa Luzia possa se adequar às necessidades do crescimento e da modernização econômica do nordeste paraense, aproveitando – se para polarizar áreas territoriais próximas nas fronteiras com os municípios vizinhos de Cachoeira do Piriá, Viseu, Bragança e Ourém.

Além de investimentos [públicos e privados], criação de infraestrutura e logística, adoção de novas mentalidades adequadas ao espírito empreendedor, é fundamental a diversificação e a verticalização das várias atividades econômicas que hoje recebem pouco ou nenhum incentivo dos agentes públicos e privados.

É o caso da agricultura de base familiar que deveria está inserida dentro das linhas de créditos oficiais do governo federal [Pronaf], melhorando, dessa forma, aumentar a sua produtividade e fornecer gêneros para o mercado local, além de se habilitar como fornecedora de produtos para a merenda escolar de nosso município. Seria mais uma forma de gerar e empregos pra população rural e movimentar, ao mesmo tempo, o comércio local.

Outra atividade que também poderia contribuir bastante com o desenvolvimento do nosso município é a psicultura. Como sabemos, grande parte do pescado consumido em santa Luzia, vem de outros municípios [Bragança, Vigia, Pirabas, Belém...]. São peixes e mariscos que chegam aqui, frescos ou salgados e são comercializados, principalmente, aos sábados na feira de Santa Luzia.

Dentro de uma concepção voltada para o desenvolvimento local, pelo menos uma parte desse pescado poderia perfeitamente ser fornecidos pelos aquicultores locais, pequenos ou médios criadores de peixes [Tambaquis, tilápias, Curimatãs, Piaús...] que estão em fase de produção bastante avançada para os padrões da região.

Para que isso ocorra ou se amplie é fundamental a parceria com o poder público, possibilitando o treinamento [via SEBRAE], a construção de açudes, abertura ou conservação de ramais, a compra do pescado durante a Semana Santa e/ou outras formas de incentivo para os produtores locais.

Um dos maiores problemas que dificultam o avanço da psicultura em Santa Luzia é o alto custo das rações usadas na alimentação dos peixes, geralmente compradas em outros estados. Parte desses custos poderiam ser minimizadas com o fornecimento de rações secundárias á base de mandioca, frutas e milho comprados de nossos agricultores.

Enfim, para dinamizar a nossa economia, gerar renda e empregos é preciso romper com a idéia que só a prefeitura é suficiente e capaz de garantir a base do nosso desenvolvimento. É preciso apostar no nosso povo, na sua capacidade de trabalho, no seu talento e criatividade. Dando condições e oportunidades iguais, qualquer um pode montar seu próprio negócio, seja uma grande loja ou uma simples banca de vender tacacá.

Jorge Daniel
[Professor, geógrafo e especialista em Gestão Ambiental] 

Um comentário:

Anônimo disse...

mas amigo, claro q nao encontrarão vocação pra nada
o povo so elegeu e reelegeu uma corja de vagabundos e ladrões. jadson, felipe,nonato,edson martins e louro....
so canalhaaaa

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