Viseu busca informações sobre indícios de petróleo

Localizado no nordeste paraense e com uma população estimada em 58 mil habitantes, o município de Viseu vive uma grande expectativa sobre a possível exploração de petróleo na região. Isto porque, na semana passada, a Petrobras comunicou oficialmente à ANP [Agência Nacional de Petróleo] que encontrou indícios de petróleo em um poço no oceano Atlântico, a cerca de 200 quilômetros de Viseu. No entanto, a prefeitura do município afirma que vive uma "desinformação" sobre a exploração do petróleo na região.

Segundo o prefeito Cristiano Vale [PR], o poder público municipal ainda não foi procurado para tratar do assunto por nenhum dos órgãos ou empresas envolvidos, tampouco pelo governo do Estado. "Ficamos sabendo que encontraram os indícios de petróleo por meio de informações não oficiais ou pela imprensa", ressalta o gestor.

Enquanto isso, a população local vive uma incerteza acerca dos benefícios que uma possível exploração petroleira na região poderá trazer. Para tentar obter mais dados sobre a recente descoberta e possível exploração do petróleo na região, o prefeito afirma que tem tentado conseguir uma audiência com dirigentes da Petrobras e com a ANP. "Queremos nos aprofundar e verificar qual o impacto que isto poderá ter na realidade do nosso município", afirma.

Segundo o prefeito, o município possui dificuldades de se manter e necessita de investimentos em áreas básicas, como educação, saúde e saneamento básico. "Hoje, podemos afirmar que Viseu não possui uma estrutura para receber uma situação destas proporções. Daí a importância de sabermos o que, de fato, pode acontecer, para darmos início a um planejamento", lembra o gestor.

Os indícios de petróleo foram confirmados na semana passada. Estão localizados em uma das duas concessões em águas profundas que explora em associação com a chinesa Sinopec na Bacia Pará-Maranhão, segundo informou a ANP. O poço começou a ser perfurado em janeiro passado, e fica em uma região do oceano Atlântico de 2,06 mil metros de profundidade e a cerca de 200 km de Viseu.

Fonte: Amazônia Jornal edição de hoje, terça-feira, 14 de junho de 2011.