A Informação Passada a Limpo

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Calote do governo petista deixa os professores de bolsos vazios


Depois de muita pressão do funcionalismo, da imprensa e da opinião pública a administração municipal aquiesceu da ideia de atrasar o pagamento referente ao mês de novembro, porém, como já era esperado, a terceira parcela do bônus dos professores foi surrupiada pelos companheiros, que adoram passar a mão leve no alheio, jogando na lata do lixo um acordo de cavalheiros estabelecido entre governo e Sintepp no início do ano.

Mais uma vez esse governo, capitaneado pelo PT, demonstra o seu desapreço pela classe trabalhadora traindo-a de maneira torpe, não respeitando direitos e garantias cosntitucionais conqusitadas à duras penas no enfrentamento com o patronato que tanto sucateia o serviço público e humilha o trabalhador. O "cano" dado nos professores é um sinal claro do desrespeito às leis e a certeza da impunidade que municia essa gente que faz o que bem entende com os recursos públicos desviando-os para satisfazer interesses pessoais.

A alegação da falta de recusos para o não cumprimento do acordado é mentirosa e cai por terra quando confrontada com a realidade dos repasses do Governo Federal nos últimos quatro meses para o Fundeb, dinheiro exclusivo para a educação com o percentual mínimo de 60% destinado ao pagamento salarial dos professores. Veja o total de repasses: setembro - R$ 435.606,34; outubro - R$ 958.511,29; novembro - R$ 941.325,48 e dezembro [até hoje, dia 7]- R$ 406.039,28 restando ainda 23 dias para o fim do mês.

Portando, é de conhecimento público que a folha de pagamento da educação do município, incluindo o transporte escolar, não ultrapassa R$ 500 mil mensais, deixando claro que as sobras no mesmo período ultrapassam a casa de meio milhão de reais, e mais não adianta vir com desculpas esfarrapadas de que estão reformando escolas por que até as eternas obras da escola João Gomes, que deixaram os alunos sem uma única aula até o presente momento, estão paradas.

Outros argumentos para justificar o calote dos quais tem se valido a senhora secretária de educação, ex-sindicalista que traiu a classe para colaborar com o nefasto governo petista, é de que os recursos residuais do fundo foram remanejados para quitar o 13º salário da categoria e também para contratar mão-de-obra para a reposição do semestre perdido com a eterna reforma da escola João Gomes punindo os professores por conta da própria incompetência e pela irresponsabilidade do governo do qual faz parte, que no arfã de querer mostrar serviço ante as gravíssimas denúncias de corrupção que o assolam enveredou pelo caminho das obras de fachada para desviar a atenção da população.

Está na hora de o Sintepp entrar de vez na questão e fazer valer o seu histórico de lutas exigindo que o governo e a secretária de educação honrem seus compromissos, desvinculando-se de vez da pecha do peleguismo adquirida nos idos tempos dos companheiros. Assim agindo o sindicato, detendor de inegáveis conquistas ao longo do seu curso, evitará a alcunha de conivente com os comandantes deste governo que vivem de saquear os cofres da prefeitura em detrimento dos direitos dos trabalhadores.

Se quiser mesmo lutar pelos direitos dos seus agremiados, a primeira coisa que o Sintepp tem que fazer é requisitar junto ao TCM [Tribunal de Contas dos Municípios] a prestação de contas do Fundebb para comprovar que as despesas com a remuneração dos professores estão muito longe de atingir os 60% exigidos por lei, desmascarando assim o governo e sua secretária que enrolam os trabalhadores com muita conversa fiada desde os primórdios do Fundeb enquanto o dinheiro público esguincha achacado pela hemorragia da corrupção, a patologia mais grave desse governo.

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