Rostos luzienses no "Levante de Junho"

Na esteira das manifestações do "Levante de Junho" que sacode o país de norte a sul há duas semanas, a pacata Santa Luzia City que apenas assiste pela televisão e acompanha pelas redes sociais os arroubos da jovem democracia - conquistada a muito custo, no ocaso do século XX após os anos de chumbo da Ditadura Militar - que promete escrever um novo capítulo da história em pleno alvorecer do século XXI tem filhos seus que não fogem à luta e muito menos estão deitados eternamente em berço esplêndido. Pelo contrário, muitos luziense estão fazendo barulho em terra alheia, engrossando as fileiras dos descontentes com o poder político representativo, alvo preferencial do movimento iniciado em São Paulo após as reivindicações contrárias ao aumento da tarifa de ônibus urbano no início do mês que desencadeou essa tsunami de protestos nas principais cidades brasileiras.

Berço do levante, a Paulicéia que tantas outras lutas inspirou os brasileiros também desta vez lançou às ruas milhões de vozes para reclamar não apenas contra os R$ 3,20, mas para iniciar uma ruptura, da qual alguns luzienses estão tendo o privilégio de participar na esperança de construir um novo futuro para seus descendentes. Contrariando quem leu os eventos com óculos conservadores e profetizou-os como sendo apenas atos inconsequentes de bárbaros, a juventude deu alma e coração ao "Levante de Junho" elevando-o à categoria de ferramenta de transformação social.

De cara pintada e tudo, o luziense Rômulo Máximo, acadêmico de Geografia da Unifesspa [Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará] dando a sua contribuição na cidade de Marabá

Rafael Lorenço, acadêmico de Medicina, da Ufpa [Universidade Federal do Pará] participa ativamente do movimento Belém Livre