A Informação Passada a Limpo

A Informação Passada a Limpo

Histórias da minha terra - parte I

Contar a Historia da Festividade de Santa Luzia da nossa paróquia é muito gratificante, pois faz-nos recordar nossos antigos moradores que muitos se empenharam nesta bonita festa que hoje temos em nossa região.Por se tratar de um povo fervoroso, iniciaram-se as atividades religiosas por aqui muito antes da abertura da BR 316, com os Padres Barnabitas vindos de Bragança, juntamente com as religiosas [irmãs].

Conta-se que com a criação do povoado foi erguida uma pequena capela dedicada a São João Batista e Nossa Senhora do Perpetuo Socorro onde os moradores rezavam as novenas, ladainhas e preparavam-se para receber a primeira comunhão. Conta-se, ainda, que a pequena capela recebeu um apelido carinhoso dos fiéis que a chamavam de minhocão devido seu formato: estreita e muito comprida. Esses fatos ocorreram nas décadas de 40 e 50, como nos contaram alguns moradores antigos, entre eles dona Rosa Matias [in memórian] a primeira catequista desta pequena comunidade que preparava as crianças para serem batizadas e receber a Primeira Comunhão.
Outros que também têm boas lembrança dos primeiros anos da nossa festividade são dona Terezinha Vale, Manoel de Aviz [Cana], Domingos Cana, Dona Luca [Tia Luca Saldanha], dona Iraides e seu Advá Leal, que muito ajudaram no inicio da evangelização de Santa Luzia e como vimos a festa de São João Batista, era a festa principal que durante as novenas atraía muitas famílias que vinham de seus lotes para festejar este santo.
Com o passar dos anos e o crescimento da comunidade a presença dos sacerdotes eram constantes, daí introduziram a devoção à Santa Luzia, que iniciou com as novenas no mês de dezembro, trazidas pelos padres Barnabitas, italianos e seus devotos, e ganhou força de tal maneira que passou a antiga Vila Tabosa a ser chamada de Vila de Santa Luzia, foi ai que começaram as primeiras organizações para festividade desta Santa.
Santa Luzia protetora dos olhos, a Virgem Mártir, ganhou a simpatia dos colonos da pequena vila que foi elevada à categoria de Paróquia, em 1970, e com a permanência do pároco foi crescendo cada vez mais a devoção à Santa Luzia, incentivada por Padre Catel, um devoto fiel de Santa Luzia que preparava com grande animação os festejos juntos aos leigos engajados, entre eles, seu Galdino [seu Dunga] e dona Maria, Raimundo Brígida [seu Didi], Seu Jonas, Seu Francisco Pacoti [seu Chico Pacoti], dona Rita Batista [dona Rita Noé], e grupos de jovens.
Com isso ele [Pe Catel] presenteia o povo de Santa Luzia com uma Imagem de bronze, trazida da Itália, que permaneceu no centro da praça até antes da última reforma.
Naquela época em meados da década dos anos 70, havia festa religiosa e uma festa dançante para homenagear a Santa.
No início da década de 80, Pe Catel, nos deixa transferindo o comando da Paróquia para outro italiano também devoto de Santa Luzia, o Pe Rafael Donneschi, que dá continuidade ao trabalho do seu antecessor contribuindo enormemente com o crescimento da Festividade de santa Luzia, que passou a ser uma das mas aguardadas pelos devotos, que vinham agradecer às curas alcançadas trazendo criação, os chamados “olhos vivos” para ofertar à padroeira, e assim contribuir com os leilões que passaram a ser freqüentados por fazendeiros e comerciantes que também ofertavam seus melhores animais para serem arrematados no dia da festa, costume guardado até os dias de hoje.

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.