Lançamento de livro fotográfico mostra a cultura do povo Tembé
A matéria abaixo está um pouco atrasada, por que aconteceu no início do mês, mas vale a pena registrar:
Do portal do Iphan - publicação do dia 05 de junho de 2015.
Do portal do Iphan - publicação do dia 05 de junho de 2015.
Por meio da sensibilidade da arte fotográfica, o
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional [Iphan] junto
com o Ministério da Cultura [Minc] irão lançar nos dias 05, na aldeia Tembé da reserva Alto Rio Gumá, localizada no município de Santa Luzia do Pará, e 06 de junho, na aldeia do Gurupi, no estado do Pará,
o livro Patrimônio Cultural Tembé-Tenetehara. A
publicação é resultado de uma pesquisa feita com os povos Tembé pela
antropóloga Ivânia dos Santos Neves e pela fotógrafa Ana Shirley
Penaforte Cardoso, que, em 2008, foram chamadas pelo Iphan para realizar
esse trabalho de documentação e registro.
As imagens registram os grafismos, rituais,
sistemas construtivos, cosmologia e outras referências culturais destes
povos, que vinham lutando para manter suas práticas e território. Para
isso, ocorreram mobilizações entre as lideranças da Terra Indígena do
Alto Rio Guamá [Tiarg], o Iphan, Ministério Público Federal e outras
instituições, que assinaram Termo de Cooperação, com o compromisso de
contribuir para a redução dos problemas enfrentados pelo Tembé.
Produção
No processo de produção, foi realizado o levantamento das referências bibliográficas existentes sobre esses povos, um diagnóstico da situação em que se encontravam e o Inventário Nacional de Referências Culturais, que contou com a coordenação da antropóloga Eneida Corrêa de Assis. Em um segundo momento, no ano de 2013, as autoras do livro Patrimônio Cultural Tembé-Tenetehara ministraram 12 oficinas nas regiões do Guamá e do Gurupi voltadas à reorganização dos dados da pesquisa. É, portanto, o resultado desses momentos que a publicação apresenta, iniciada pelo processo histórico da constituição da Terra indígena do Alto Rio Guamá, e nas páginas seguintes seguem-se o registro dos bens e práticas culturais e um capítulo especial às mulheres, pelos novos papéis que vêm assumindo na organização e participação política dessas aldeias.
No processo de produção, foi realizado o levantamento das referências bibliográficas existentes sobre esses povos, um diagnóstico da situação em que se encontravam e o Inventário Nacional de Referências Culturais, que contou com a coordenação da antropóloga Eneida Corrêa de Assis. Em um segundo momento, no ano de 2013, as autoras do livro Patrimônio Cultural Tembé-Tenetehara ministraram 12 oficinas nas regiões do Guamá e do Gurupi voltadas à reorganização dos dados da pesquisa. É, portanto, o resultado desses momentos que a publicação apresenta, iniciada pelo processo histórico da constituição da Terra indígena do Alto Rio Guamá, e nas páginas seguintes seguem-se o registro dos bens e práticas culturais e um capítulo especial às mulheres, pelos novos papéis que vêm assumindo na organização e participação política dessas aldeias.
Trata-se de um delicado trabalho, tecido a
muitas mãos e com grande participação do povo Tembé, principalmente, das
lideranças e das mulheres, que tem por objetivo, além de documentar
essas participações, transmiti-las para as novas gerações e difundir a
cultura e tradições Tembé, contribuindo para fortalecer sua existência.
Como observado, na apresentação do livro, pela presidenta do Iphan, Jurema machado:
“A trajetória dos Tembés Tenetehara que, a partir de meados do século XIX, foram submetidos a um processo de diáspora saindo do Maranhão em direção às bacias dos rios Gurupi, Guamá e Capim, no Pará, é um exemplo completo de como a questão cultural é central, inclusive para que os demais direitos, dentre eles o direito à terra, se concretizem. A preservação da língua e dos traços essenciais da cultura, das tradições e da cosmologia do grupo, em um contexto histórico de tantas adversidades, deu aos Tembé a determinação e o sentido de unidade sem os quais o objetivo de reconhecimento de seu território teria se esvaído”.
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