Corrupção: PF apreende dinheiro e joias em operação contra desvios no Pará nesta terça-feira
A PF - Polícia Federal, em ação conjunta com a CGU - Controladoria-Geral da União, apreendeu joias e dinheiro em espécie durante o cumprimento de mandados na manhã desta terça-feira [02] no âmbito da operação Expertise, que mirou irregularidades em contratos para a Saúde e Educação no Pará que somam R$ 198 milhões.
As ações foram cumpridas em Belém e em Marituba, município da Região Metropolitana, administrada pela prefeita Patrícia Mendes, que recentemente ficou conhecida nacionalmente ao publicar em uma rede social um vídeo no qual aparece dançando usando apenas roupas íntimas.
Batizada de Expertise, a operação apura a atuação de uma organização criminosa voltada ao cometimento de crimes contra a administração pública e a lavagem de dinheiro, mediante a contratação fraudulenta de empresas por diversos órgãos públicos estaduais e municipais do Pará, por meio da utilização de recursos federais oriundos do Fundeb - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, e do FNS - Fundo Nacional de Saúde.
Os agentes cumpriram 18 mandados de busca e apreensão. Dentre os alvos está Fabrício Correa, chefe de gabinete do deputado estadual Chicão, atual presidente da Alepa - Assembleia Legislativa do Pará.
Também foram bloqueados ativos no montante de até R$ 198 milhões, o afastamento de sigilo bancário e fiscal de 17 investigados, a prisão preventiva de cinco pessoa e o afastamento de seis servidores públicos dos respectivos cargos.
Ainda, os órgãos cumpriram mandado de monitoramento eletrônico contra um dos alvos e a suspensão, por tempo indeterminado, das atividades econômicas de quatro empresas suspeitas, incluindo contratos firmados e atualmente vigentes com quaisquer órgãos do estado do Pará e do município de Marituba.
Segundo a PF, as investigações mostram a existência de um “modus operandi” que envolve empresários, servidores públicos e empresas de fachada.
O esquema também inclui o direcionamento de licitações, adesões irregulares a atas de registro de preços, simulação ou execução parcial de contratos administrativos, repasses de vultosos valores públicos e, posteriormente, o saque em espécie e redistribuição desses recursos entre os agentes integrantes da organização.
As ações contaram com a participação de 65 policiais federais e 06 auditores da CGU. Os investigados poderão responder por crimes relacionados à lei de licitações, peculato, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, falsidade ideológica e lavagem de capitais
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