A Informação Passada a Limpo

A Informação Passada a Limpo

Educador. Diga não à mão-de-obra barata.


Semana passada os professores da rede municipal de ensino de Santa Luzia, sob orientação do SINTEPP/Sub-Sede Santa Luzia, deflagraram um movimento reivindicando alguns direitos da categoria que não estariam sendo atendidos pela atual administração. São anseios históricos que já foram objeto de luta em outras ocasiões e jamais atendidas pelo atual gestor que teve como bandeira de campanha a defesa dos direitos dos trabalhadores, que na época dizia que os mesmos eram oprimidos e precisavam de alguém que os defendessem, mas não é bem isso que se observa no momento atual depois de mais de três anos de "governo popular" onde predomina o arrocho salarial, a falta de projetos que visem a valorização do profissional de educação e principalmente a ausência de uma política eficaz no combate a um sistema de ensino falido onde a realidade são salas de aulas superlotadas com mais de 60 alunos e a falta de carteira e de merenda escolar são práticas corriqueiras.
O ato realizado não se trata de greve, mas de uma "parada" onde os principais interessados (professores), reuniram-se para discutir as estratégias para cobrar do governo municipal o cumprimento de algumas exigências legais onde a principal delas é a aprovação do Plano de Cargos e Salários para os servidores do município sem o qual não pode haver conquistas por parte desses profissionais, tais como progressão automática para os concursados sem a necessidade de aprovação em novo concurso, estabelecimento de critérios para a distribuição dos recursos do FUNDEB que não dispões de dispositivos claros e legais para o uso desses recursos, pagamento de adicional de férias durante as férias de julho que é um direito do trabalhador mas não está sendo cumprido e principalmente cobrar do poder público municipal condições dignas de trabalho com salas menos lotadas, a aquisição de merenda escolar "de qualidade" e a solução de um dos problemas mais sérios enfrentados pelos alunos da zona rural, a regularidade no pagamento e a melhoria da frota do transporte escolar visando a segurança e dignas condições ao alunado do interior do município.
Outra questão argumentada pelos professores é a convocação imediata dos aprovados no último concurso para ocuparem suas respectivas vagas para as quais foram aprovados, pois segundo eles existem pessoas ináptas ocupando-as o que contraria o princípio da legalidade, pois para isso foram aprovados profissionais capacitados conforme exigências pré-estabelecidas em edital de inscrição que não estão sendo cumpridas.
A partir desses fatos faz-se necessário uma reflexão sobre tudo o que está acontecendo, principalmente se levarmos em conta que as pessoas que hoje estão muito bem acomodadas no calor dos altos cargos da administração pública local são as mesmas que em uma era não muito distante lutavam contra o poder defendendo uma ideologia reacionária que pregava igualdade, liberdade e respeito aos direitos dos trabalhadores da educação, que segundo eles eram perseguidos, oprimidos e precisavam libertar-se dos grilhões da administração municipal que os oprimia. Os senhores do poder de hoje são os mesmos que acampavam na praça em frente ao palácio do Executivo Municipal com faixas e cartazes pedindo justiça e condições dignas de trabalho como se pede hoje. Se naquela época a elite intelectual que compunha a esquerda tinha solução para todos o problemas, por que não aplicá-las hoje na sua administração? Será que é tão difícil resolver problemas tão conhecidos e que até pouco tempo tinha as mais brilhantes soluções? Ou será melhor fingir que eles não existem e perseguir profissionais que cometem o grande crime de lutar pelos seus direitos? Pensem nisso. A mudança foi prometida e jamais realizada...

6 comentários:

waldenor disse...

É lamentável ver a classe que mais trabalha para garantir um futuro melhor para nossos filhos, ser tão desvalorizada no governo onde pregava direitos e valores, o tal do governo de "todos". Isso as vésperas de uma eleição e depois?

Sorindo atoa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sorindo atoa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sorindo atoa disse...

eu também concordo com o sr. waldenor.
o governo pregava: "O meu povo hoje não passa fome,o meu povo hoje recebe salarios dignos de seus trabalhos".dizia o atual governo.
Nem parece que o governo de "todos" como o falava tanto que seu povo não ia sofre que não teria o salário atrasos, hoje o mais prejudicado são os professoras tanto do estado como o do município. Atualmente ate o governo do estado do pará, queria comprar os professoras com salários baixos que nao correspondia a seu trabalho.Rafael pereira cunha

Profª. Juliana Patrizia disse...

ha, ha, ha, como é mesmo o slogan deles???? "Governo de todos" Seria melhor esse. "QUEM TE VIU, QUEM TE VER".

Profª. Juliana Patrizia disse...

Não vamos esquecer de q o atual governo desviou + de 300.000 do FUNDEB para pagar uma parcela do INSS q todos sabem é descontado mês a mês do contra-cheque do professor, ou seja, os profª estão pagando 2x.

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