A Informação Passada a Limpo

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Rio Caeté - uma das nossas riquezas.

Foto do rio Caeté no balneáreo do Tentugal...

Servindo de limite entre Santa Luzia com os municipios de Capanema e Bragança, o rio Caeté é uma das mais importantes riquezas naturais que dispomos dando-nos belos balneáreos, como o da BR 316 e o da vila do Tentugal, excelentes para o lazer e refúgios nos feriados e fins de semana.
A palavra Caeté, tem origem indígena e significa mata virgem, mato fechado ou mato verdadeiro, pois era assim essa região quando os colonizadores chegaram através da sua foz no Oceano Atlântico provavelmente no século XVII, descobrindo assim uma das sete bacias hidrográficas do Pará, a chamada “Costa Atlântica-Nordeste”, local onde está inserida a Bacia dos Rios do Atlântico. Esta região abriga a maior densidade demográfica do Estado e possui investimentos intensivos em agropecuária, além de ser caracterizada como o local de colonização mais antiga da região (século XVII). Esse fato histórico contribuiu para a intensa exploração dos recursos naturais através do extrativismo vegetal (madeira em tora, lenha e carvão) e da agropecuária (culturas de subsistência, frutíferas, malva e pimenta-do-reino e criação de gado).
Na Bacia dos Rios do Atlântico se destaca a bacia hidrográfica do rio Caeté, a qual possui uma área de 2.000 quilômetros quadrados e extensão do rio principal de cerca de 100 km, das nascentes (município de Bonito) a foz (municípios de Bragança e Augusto Corrêa). Esta bacia drena parte do território de sete municípios (Bonito, Santa Luzia do Pará, Ourém, Capanema, Tracuateua, Bragança e Augusto Corrêa), com uma população total estimada em 260.561 habitantes.

Poema
Abaixo um poema dedicado ao rio Caeté, de autoria do Poeta Bragantino Alfredo Garcia que tranforma em verso a imensidão dessa riqueza líquida que outrora foi cristalina hoje sofrendo com a degradação provocada pelo homem em busca 'progresso'.

Rio Caeté
Corre tua memória
sobre meus olhos de antes:
planície de desenganos,
planície de verdoengos tempos.

Desembocam em meu ser
(preamar de angústias)
tuas impenetráveis águas,
teus líquidos mistérios.

O tempo, soltas as amarras,
navega em um canto passado:
bujarronas largadas na imensidão
dessas águas de não-mais-verei.

Solitude, soledade,
navegar tua ausência
entre ruas e cantos outros
e ter entre os escolhos
da memória
tua imensurável
lembrança-mar.

Vidamar a doer no âmago,
rio, tua memória líquida
espraia-se nas reminiscências:
cantiga de ausência
na brisa do mar.

Houvesse um dezembro,
entre tantos contados
no calendário,
e esse cântico de ausência
pousasse suave como a lua
a desnudar-se
(ouro em teu colo)
sobre a superfície das águas.

Entanto,
corre tua memória
sobre meus olhos de antes
entre ruas, saudades, ausências,
a dessangrar o tempo-foi.


Alfredo Garcia

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