A Informação Passada a Limpo

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Ex-prefeito de Mãe do Rio, do PT, que estava foragido foi preso nesta quarta-feira

Badel foi preso por esquema de desvio de dinheiro público. Segundo a polícia, estima-se que os valores subtraídos dos cofres públicos municipais ultrapassem a cifra de R$ 4 milhões

A Polícia Civil cumpriu, nesta quarta-feira, 04, o mandado de prisão decretado contra o ex-prefeito da cidade de Mãe do Rio, no nordeste do Pará, José Ivaldo Martins Guimarães [PT] - irmão do ex-deputado Nonato Guimarães e popularmente conhecido pelo apelido de "Badel" - acusado de participar de uma organização criminosa responsável em cometer desvios de recursos públicos na prefeitura local.

Badel, que estava na condição de foragido da Justiça, se entregou na sede da DRCO [Divisão de Repressão ao Crime Organizado], em Belém, onde as investigações sobre o esquema de fraude são conduzidas pelo delegado Carlos Eduardo Vieira, da DRPD - Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas. O ex-prefeito foi um dos alvos da operação denominada Dilúvio deflagrada em 27 de abril deste ano, em Mãe do Rio, São Miguel do Guamá, Santa Maria do Pará e Aurora do Pará, para dar cumprimento a 21 mandados de busca e apreensão, oito mandados de condução coercitiva e sete mandados de prisão preventiva.

Documentação desaparecida

Na ocasião da operação policial, o ex-prefeito não estava em sua residência e, assim, passou a ser considerado foragido da justiça. Conforme o delegado, as buscas foram realizadas na residência do investigado. "No local, foi apreendida farta documentação que havia sido subtraída da prefeitura de Mãe do Rio, município em que desenvolveu a função de prefeito até o final do ano de 2016", explica. "Foram alvos de investigação diversos contratos de empresas dos mais variados ramos com o município. Desde fornecimento de serviço funerário, marmitas e transporte escolar, hospedagem e asfaltamento, além de outras irregularidades constatadas nas investigações", detalha. O delegado também informa que foi constatado o desaparecimento de documentos referentes aos contratos da Prefeitura.

R$ 4 milhões desviados

Além dessas irregularidades, as investigações mostraram a falta de prestação de contas aos órgãos de controle, fato que também configura crime apurado no inquérito policial. Além de crime de subtração de documentos públicos, o ex-prefeito foi investigado por crime de peculato e outros crimes afins relacionados a desvios de recursos públicos e corrupção praticada por integrantes de uma organização criminosa em coautoria aos secretários municipais da época, servidores públicos municipais de Mãe do Rio e outras pessoas, como empresários, que mantinham contratos com o município. "Estima-se que os valores subtraídos ultrapassem a cifra de R$ 4 milhões. A prática delituosa gerou danos significativos aos cofres públicos e à população de Mãe do Rio", destaca o policial civil.

Portal G1-Pará

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