Nota do PSOL condena as atitudes incompetentes do governo petista de Ana Júlia
O PSOL paraense divulga nota criticando o autoritarismo e incompetência que permeia o governo da petista Ana Júlia Carepa. Vale à pena ler a nota que é de uma excelente lucidez:
PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOL - PARÁ
NOTA PÚBLICA
EDUCAÇÃO NÃO RIMA COM REPRESSÃO.
TODA SOLIDARIEDADE À LUTA DOS EDUCADORES PARAENSES
A população paraense assiste atônita ao tratamento truculento destinado pelo governo Ana Júlia aos trabalhadores em educação que estão em greve desde o dia 06 de maio, reivindicando reajuste salarial e melhores condições de ensino.
O Pará tem hoje 600 mil analfabetos e o pior índice de desenvolvimento da educação básica (IDEB) do Brasil em se tratando de ensino médio. Além disso, submete, desde fevereiro, os professores a um salário-base menor que o salário mínimo vigente. Um professor com uma carga de 100 horas percebe R$ 433,65, contra R$ 665,00 no Amazonas ou R$ 683,00 no Maranhão. Todas as comparações com estados da região Norte e Nordeste, pra não falar dos estados do Sul, colocam o Pará nas piores estatísticas em relação à educação. Mais de mil e duzentas escolas estão em péssimas condições, colocando em risco não apenas a qualidade da educação, mas a própria integridade de alunos e funcionários.
Talvez por isso a governadora Ana Júlia (PT) responda aos legítimos movimentos grevistas, que denunciam essa situação caótica, com tamanha violência. No ano passado, por exemplo, mandou a tropa de choque da PM espancar dezenas de educadores em greve e entrou na Justiça para criminalizar o movimento. Este ano, além de não apresentar nenhuma proposta decente de recomposição salarial, tenta esvaziar o movimento recorrendo novamente ao autoritarismo da Justiça - tão rápida quando se trata de punir quem luta em favor do povo - e a uma arrogante campanha de intimidação da categoria.
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) manifesta sua irrestrita solidariedade aos trabalhadores da educação e repudia veementemente a falta de diálogo com os grevistas. Repudia ainda a vergonhosa política de criminalização dos movimentos sociais implementada pelo governo do PT. Basta lembrar os quatro integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) que se encontram presos desde o dia 26 de abril num presídio em Americano, para se ter a dimensão de que vivemos, efetivamente, na terra dos direitos violados.
A população paraense já está cansada de ser manchete nacional por fatos como o estupro de uma adolescente de 15 anos presa numa cela com 20 homens, em Abaetetuba; pela existência de 25 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes denunciados somente nos últimos cinco anos; pelo espancamento de professores, garimpeiros e trabalhadores sem terra; pela morte de crianças na Santa Casa; pelo escândalo das mochilas e agendas escolares; pela violência no campo e insegurança em todas as partes, além do vergonhoso fiasco representado pela derrota de Belém para Manaus na escolha das sedes para a Copa de 2014. Este governo, que tem vocação para a paralisia e para a derrota, não produziu um fato positivo sequer.
Exigimos a imediata reabertura das negociações e a apresentação de propostas concretas que possibilitem o término da greve, com o atendimento mínimo da pauta de reivindicação da categoria, inclusive com a melhora efetiva das condições de infra-estrutura e segurança nas escolas.
Belém, 05 de junho de 2009.
Araceli Lemos - Presidenta do PSOL - Pará
Marinor Brito - Presidenta do PSOL - Belém
PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOL - PARÁ
NOTA PÚBLICA
EDUCAÇÃO NÃO RIMA COM REPRESSÃO.
TODA SOLIDARIEDADE À LUTA DOS EDUCADORES PARAENSES
A população paraense assiste atônita ao tratamento truculento destinado pelo governo Ana Júlia aos trabalhadores em educação que estão em greve desde o dia 06 de maio, reivindicando reajuste salarial e melhores condições de ensino.
O Pará tem hoje 600 mil analfabetos e o pior índice de desenvolvimento da educação básica (IDEB) do Brasil em se tratando de ensino médio. Além disso, submete, desde fevereiro, os professores a um salário-base menor que o salário mínimo vigente. Um professor com uma carga de 100 horas percebe R$ 433,65, contra R$ 665,00 no Amazonas ou R$ 683,00 no Maranhão. Todas as comparações com estados da região Norte e Nordeste, pra não falar dos estados do Sul, colocam o Pará nas piores estatísticas em relação à educação. Mais de mil e duzentas escolas estão em péssimas condições, colocando em risco não apenas a qualidade da educação, mas a própria integridade de alunos e funcionários.
Talvez por isso a governadora Ana Júlia (PT) responda aos legítimos movimentos grevistas, que denunciam essa situação caótica, com tamanha violência. No ano passado, por exemplo, mandou a tropa de choque da PM espancar dezenas de educadores em greve e entrou na Justiça para criminalizar o movimento. Este ano, além de não apresentar nenhuma proposta decente de recomposição salarial, tenta esvaziar o movimento recorrendo novamente ao autoritarismo da Justiça - tão rápida quando se trata de punir quem luta em favor do povo - e a uma arrogante campanha de intimidação da categoria.
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) manifesta sua irrestrita solidariedade aos trabalhadores da educação e repudia veementemente a falta de diálogo com os grevistas. Repudia ainda a vergonhosa política de criminalização dos movimentos sociais implementada pelo governo do PT. Basta lembrar os quatro integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) que se encontram presos desde o dia 26 de abril num presídio em Americano, para se ter a dimensão de que vivemos, efetivamente, na terra dos direitos violados.
A população paraense já está cansada de ser manchete nacional por fatos como o estupro de uma adolescente de 15 anos presa numa cela com 20 homens, em Abaetetuba; pela existência de 25 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes denunciados somente nos últimos cinco anos; pelo espancamento de professores, garimpeiros e trabalhadores sem terra; pela morte de crianças na Santa Casa; pelo escândalo das mochilas e agendas escolares; pela violência no campo e insegurança em todas as partes, além do vergonhoso fiasco representado pela derrota de Belém para Manaus na escolha das sedes para a Copa de 2014. Este governo, que tem vocação para a paralisia e para a derrota, não produziu um fato positivo sequer.
Exigimos a imediata reabertura das negociações e a apresentação de propostas concretas que possibilitem o término da greve, com o atendimento mínimo da pauta de reivindicação da categoria, inclusive com a melhora efetiva das condições de infra-estrutura e segurança nas escolas.
Belém, 05 de junho de 2009.
Araceli Lemos - Presidenta do PSOL - Pará
Marinor Brito - Presidenta do PSOL - Belém
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