A Informação Passada a Limpo

A Informação Passada a Limpo

Vereador Robson Federal, a bola da vez na Câmara Municipal

É grande o alarido nos quatro cantos da cidade, e assim perdurará até o dia 15 do mês vindouro, quando conhecer-se-á a nova mesa diretora do legislativo, salvo se o exemplo da terra do cimento tenha feito escola, cujo episódio vergonhoso põe em xeque a credibilidade e isenção de interesses de alguns edis, os quais legislam em causa própria, com as devidas ressalvas para não generalizar, pois sempre há, entre os lobos, uma ovelha, nem que seja em forma de presa.

Conforme veiculado neste blog e no “do Leandro Lima”, as chapas obedecem a seguinte formação: Chapa I: Lúcia Machado, Luiz Doca, Nando e Zé Luiz; Chapa II: Edson Farias, Franço, Socorro Saldanha e Tião Oliveira.

E o Robson Roberto, o polêmico? Onde fica nessa história?

Retroagindo no tempo, recordo-me de um internauta que, ao ler uma matéria por mim postada neste espaço, antes de censurar-me sobre a imputação da interpretação de um famoso samba a quem não o era de fato, elogiou-me como um bom entendedor de política, o que, com toda franqueza, não o sou.

Ocorre que a política, principalmente em Santa Luzia do Pará, é previsível, mesmo para quem não é expert, dado às circunstâncias em que ela se desenha.

Ao analisar os fatos que, atualmente, são levados a efeito no cenário político da cidade morena, não me surpreendo, pois, há pouco tempo atrás, qualquer cidadão, tendo como pressupostos a isenção, tanto pessoal quanto partidária, poderia, em sã consciência, se antepor às ocorrências. Não é motivo de admiração, pelo menos para este colaborador, que haja duas chapas concorrendo à mesa diretora da CM, tendo como “cabeças” edis da mesma sigla partidária.

Ainda tem alguém que não sabe que, internamente, os petistas travam uma verdadeira guerra, cada qual querendo ser a “menina dos olhos” do Louro, no que tange à sucessão? Principalmente a Lúcia Machado e o Edson Farias? Qual é a prova que falta para qualquer “aleijado do juízo” ter esta certeza? Respondo: ser internado.

Também é certo, e isto afirmo hoje [sem ser expert], que, independentemente de quem seja o novo presidente da Casa de Leis, terá uma “árdua” missão: reagrupar o PT local e, se tem esperanças de que a sigla vermelha permaneça no comando da administração, deverá, inclusive, abrir mão de alçar vôos mais altos, dando apoio incondicional ao preferido da cúpula. Em continuando a trivialidade, pode-se, mais uma vez, e, desta vez, mais facilmente, prever, hoje, o resultado do pleito que ocorrerá daqui a menos de dois anos. Para um regular entendedor: Derrota antecipada.

No caso do Robson Roberto, há uma incógnita. Sua opção em não participar de nenhuma chapa soa como algo estranho. Para quem pouco o conhece, essa opção ofusca alguma insatisfação com a ala governista, ao mesmo tempo em que fica latente a sua postura oposicionista ao clã Oliveira, cuja representatividade está na figura de Sebastião Leopoldino. Logo o Robson, cuja principal característica é o embate direto, o esbravejar de palavras fortes e moralistas.

Não, algum motivo há para o seu isolamento!

Diante do meu inconformismo e da recusa inexplicável do Robson Roberto, necessárias se fazem algumas argüições:
a) Será que o Robson Roberto está esperando alguma “proposta” de uma das chapas para dar o voto de minerva?
b) Quais exigências fará para que pende para a chapa I ou II? Nepotismo cruzado? Locação de Veículo para a Câmara? Apoio pra ser o principal candidato da sucessão?
c) E, na ausência de quaisquer dessas hipóteses? E se o Robson Roberto se abster de votar, ou votar em branco, ou até anular o voto? Uma certeza: haverá empate e, aí, entrará em cena o Regimento Interno e Eleitoral daquela casa. Daqui até lá, muita água vai rolar embaixo da ponte.
d) Quem será que vai “conquistar” o voto do Robson Roberto?

No caso de Tião Oliveira, demonstra amadurecimento político, pelo menos nas suas justificativas aos seus seguidores, que não são necessariamente os mesmos do seu primo Adamor, pois suas palavras são meticulosamente empregadas e com pleno sentido democrático, aliás, confesso que compartilho desse mesmo pensamento.

Ter vindo a público, através deste blog, para dar esclarecimentos de seu apoio à chapa do Edson Farias, é digno de elogios, em duas frases adaptadas que rechaçam qualquer crítica atroz: “vivemos em um Estado Democrático e as cores partidárias devem ser deixadas de lado quando o interesse público prevalece;” e “Não me curvei diante do PT, pois tenho vontade própria e sou livre e desimpedido para resolver às questões que o cargo me recomenda;”. Depois dessa canja, caríssimos leitores, quem se habilita a por em dúvida as palavras do parlamentar-mirim?

Não devemos ser levianos, ao ponto de ignorarmos que acordos e acordos existem quando ocorre qualquer tipo de eleição, em nível universal. E a do Legislativo não poderia ser diferente. Os há, com certeza. O grande trunfo é saber como fazer, como propor, como conquistar o par “à deriva”.

E, com essas suposições, pra não dizer “dicas às chapas”, finalizo esta peça, justificando razoavelmente o seu título, afinal de contas, está nas mãos do Robson Roberto, o voto decisivo, ou seja, ele é “a bola da vez”.

- De um simples colaborador.

Nota: Todos os créditos do pôster acima são do nosso colaborador anônimo.

Um comentário:

Anônimo disse...

me deu até vontade de chorar c esse discurso,pelo teor da sinceridade.Ainda bem q ele lembrou das aspas.

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