Nota de esclarecimento do Prefeito Municipal sobre o corte de pessoal do funcionalismo público
NOTA OFICIAL SOBRE O FUNCIONALISMO
Não
se dispensa funcionários sem uma justa razão. Muitas vezes a incompreensão se
dá pela falta de conhecimento da realidade dos fatos. Pois bem, vamos aos
esclarecimentos:
1 – A chamada lei de
Responsabilidade Fiscal [lei complementar federal n° 101/2000], estabelece, para
as Prefeituras, limites de gastos com pagamentos de pessoal que não ultrapasse
58% de sua receita corrente líquida. O descumprimento desse dispositivo, além
de acarretar outras penalidades de ordem administrativa e jurídica, ocasiona a REJEIÇÃO da Prestação de Contas do
Gestor Municipal.
2 – Ora, só a REJEIÇÃO das Prestações de Contas do Prefeito, já seria motivo mais do que suficiente para a
preocupação de não ultrapassar o limite percentual de gastos com o
funcionalismo, conforme prescreve a lei. No entanto, a razão e os motivos para
a dispensa de funcionários não são menos graves. Ao contrário, no cenário em
que os municípios sobrevivem, atualmente, a razão principal é a absoluta falta
de recursos para honrar todos os seus contratos e compromissos.
3 – A grande maioria dos
Municípios Brasileiros, principalmente àqueles do Norte e Nordeste que não
possuem receita própria, ESTÃO FALIDOS
e com imensas dificuldades para prestar à população os serviços públicos
reclamados.
4 – E de quem é a culpa por essa situação? Hoje, podemos afirmar, com
tranquilidade, que o principal culpado pelo estado de abandono que passam os
municípios é o GOVERNO FEDERAL [leia-se
governo Dilma Rousseff], que, com políticas econômicas equivocadas, além de estourar as
finanças nacionais para vencer a última eleição, QUEBROU O BRASIL, estagnando a economia, atraindo, com isso, o
retorno da INFLAÇÃO, resultando,
consequentemente, em baixa arrecadação de Impostos e Tributos.
5 – Em virtude de tudo
isso, os pequenos e pobres municípios são os mais atingidos. A cada mês, a
Receita Municipal vem diminuindo, significativamente, enquanto as
responsabilidades e os encargos só fazem aumentar. Vejam só este exemplo: a
partir de janeiro de 2015, o salário mínimo aumentou mais R$ 66,00 [passou de R$
722 para R$ 788], sem falar que o Piso Nacional dos Professores aumentou para
mais de R$ 300,00 [passou para R$ 1.917].
6 – Ora bem, só com esses
02 reajustes, a folha de pagamento da Prefeitura Municipal de Santa Luzia do
Pará aumentou em mais R$ 200.000,00 [duzentos mil reais]. Tendo como base o
último mês de março/2015, por exemplo, só a folha de pagamento dos
Professores [FUNDEB 60%] superou a quantia de R$ 750.000,00 [setecentos e
cinquenta mil reais]. Para essa categoria, em função da receita, as despesas
deveriam ficar em torno de R$ 600 mil. Observem o desequilíbrio
financeiro.
7 – O resultado é que as
despesas aumentaram e a receita diminuiu. Sem falar em outros reajustes, como o
preço dos combustíveis, que pesa, negativamente, no orçamento do município.
Tudo aumentou, só não aumentou a arrecadação e os repasses do governo federal para as Prefeituras, pelo contrário, diminuíram e muito.
8 – A atual gestão de
Santa Luzia do Pará tem responsabilidade com o equilíbrio financeiro e precisa
cumprir a lei. Há 02 anos estamos travando uma luta titânica para reorganizar as contas públicas e oferecer
melhores serviços à população. Por outro lado, quem contrata
funcionários sabe que, ao final do mês, tem que pagar seus salários. E se não
tiver o dinheiro para arcar com tal despesa? O funcionário vai aceitar? O Povo
vai compreender? Claro que não.
9 – Por fim, alertamos
que, por conta da diminuição progressiva da receita do município, mesmo com as
dispensas de 83 servidores, a folha de pagamento do funcionalismo
continua alta para a nossa realidade. Estamos torcendo para que as dificuldades
financeiras que o País e os municípios atravessam sejam superadas com
brevidade. Se DEUS quiser.
ADAMOR AIRES
Prefeito Municipal
de Santa Luzia do Pará
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