Opinião - A política nacional, o eleitor e suas expectativas para os próximos anos.

O artigo abaixo é da lavra do bacharel em Contabilidade, Leandro Lima, líder do movimento Santa Luzia Livre, expressando sua opinião sobre a conjuntura política nacional e fazendo um paralelo com o possível cenário para as eleições de 2020 com foco na onda conservadora de renovação que varreu a velha política do Congresso Nacional nas eleições deste ano.

Novos horizontes vislumbram um diferente posicionamento do eleitor, em relação aos políticos e candidatos. A sociedade vive uma expectativa de punição e rigidez aos foras da Lei, no compromisso em acabar com a impunidade e colocar bandidos na cadeia, que ganhou força como poucos acreditavam. Agora é aguardar os resultados.

Os políticos antigos da Câmara dos Deputados fincaram-se no chão em uma renovação um pouco maior que os demais pleitos, mas o Senado deu demonstração de que o povo aderiu à vontade de virar a mesa: 87% dos 2/3 foram trocados nas eleições deste ano. Uma renovação e tanto que reflete a disposição do eleitor em rejeitar a velha política e seus personagens com suas velhas práticas.

Contabilmente falando agora é arregaçar as mangas e iniciar a construção de um novo cenário com tendências de estabilidade econômica e crescimento significativo do PIB que patina em números pífios, consequência dos desastrosos governos petistas de Lula e Dilma, fomentados pelos velhos políticos de sempre que levaram o país à bancarrota. Nada mais nada menos que 5% apontam as previsões de economistas para os próximos anos.

Também, pesquisas do IBOPE e DATA Folha, “nada confiáveis” mas que dão sinais de credibilidade exteriorizada por investidores estrangeiros e pelo mercado interno que apostam numa economia bem mais estável no próximo governo que se inicia a partir do dia primeiro de janeiro de 2019.

E isso muda muito as percepções eleitorais para os próximos anos, que podem confirmar ou até ampliar o desejo de renovação política expressado pela maioria do eleitorado brasileiro nas eleições deste ano que culminou em uma rejeição nunca antes vista à velhas figuras da política nacional que foram solenemente barradas nas urnas. E a estabilidade econômica é o caminho que leva à estabilidade política.

Ocorre que em 2020 a eleição é municipal, um pouco distante da campanha presidencial, mas será um reflexo do que ocorreu este ano e sofrerá forte influência dos governos dos estados, que para ampliar a base de prefeitos promoverão apoios com a expectativa de retribuição de gentilezas em 2022. A não ser que o dispositivo da reeleição para o executivo seja extinto como já expressou sua vontade o novo presidente da República Jair Bolsonaro, e um projeto nesse sentido tramita no Senado Federal, mas não tenham esperanças que isso possa acontecer tão cedo.

Assim resta observar as adversidades que serão enfrentadas pelo novo governo, os resultados positivos dos primeiros movimentos e o impacto na opinião pública que podem aumentar ou diminuir a pressão popular por uma vida mais justa e igualitária com foco em políticas públicas eficientes que deem resultados.

Quanto tempo?

Politicamente falando creio que nos 6 primeiros meses, já teremos um retrato de quais as melhores oportunidades para se posicionar neste novo ambiente político, que ainda terá reflexos em 2020.

O importante é lembrar que o processo político é um organismo vivo em total mutação e que devemos ter a melhor leitura para que ocupemos os melhores espaços, sem paixões platônicas por velhos políticos que aí estão ocupando espaços há muito tempo sem verdadeiramente trabalhar em prol do povo em em busca da melhoria de vida para o cidadão pagador de impostos.

Em Santa Luzia do Pará, as composições políticas já estão sendo articuladas de olho em 2002 que está logo ali depois da esquina. Resta saber, se a indignação popular tomará a devida forma de modo a forçar a ruptura com o atual “Status Quo”. Aguardemos...

Leandro Lima – Bacharel em Contabilidade, apaixonado por fuscas e costuma perder a hora quando encontra velhos amigos.