O Inescrevível

O artigo abaixo - inclusive o título - é da lavra do ex-diretor da Secretaria Municipal de Saúde, Edson Martins, enviado [via email] ao blog.

DECADÊNCIA em 30/11/2012 Olá petistas fieis de Santa Luzia do Pará, se é q são fieis mesmo façam alguma coisa pra acabar com essa loucura que o Gedson Xavier está fazendo com o partido, afundando cada vez mais com o PT. Envés de alguns de vcs ficarem criticando os maus feitos de outros partidos, corrijam primeiro os erros de vcs, q ñ são poucos.

Faz tempo que estou afastado deste espaço, mas de quando em vez pincelo uns “pitacos” no mural e atualizo-me nos assuntos cotidianos da Bela Morena. Mas, hoje, deparei-me com a postagem acima, a qual me chamou a atenção pela forma lúcida com que o autor a confeccionou e a pôs no mural, como forma de chamar a atenção. E há de lograr êxito, pois acredito que existem muitos petistas sérios, os quais estão envergonhados com a atitude de “meia dúzia” de aloprados.

E, tendo o texto epigrafado como inspiração, passo a esmiuçar minha opinião sobre o mesmo, tendo também a preocupação de antecipar as vênias às pessoas que, por conseguinte, sentirem-se ofendidas nas linhas vindouras, mesmo aqueles que desconhecem por completo o significado de várias “ências”: coerência, decência, transparência, consciência, etc.

O apelo do postador tem um efeito devastador, de cunho apelativo, onde solicita que os petistas fiéis “façam alguma coisa pra acabar com essa loucura que o ..... [inescrevível] está fazendo com o partido”.  Frise-se que o [inescrevível] é o principal mentor de toda essa celeuma que está acontecendo com os petistas luzienses, inclusive com os sérios, os quais ainda continuam imunes ao veneno desse inconsequente. Os que tinham baixa resistência cerebral foram contaminados de supetão e, hoje, são verdadeiros hospedeiros, disseminando as teorias doentias do [inescrevível], cuja característica principal é a voracidade pelo seu principal alimento: o erário público. E uma de suas fraquezas é o curtíssimo tempo que falta para acabar o ano, pois com o limiar de um novo, esse parasita, o [inescrevível],  se autoexterminará.

É deveras impressionante constatar que pessoas, antes, detentoras de caráter ilibado, de personalidade forte, exemplar de raciocínio indisfarçável, de concepção de vida social e espiritual invejável [qualidades que prefiro incrustar], ficam juguladas a um [inescrevível], desprezando as suas verdadeiras riquezas. Não é compreensível, pelo menos para mim, que pessoas do quilate do Evandro Matos, da Ivana Farias, da Vânia Blante, da Francy Farias, da Francy Sousa, e muitas outras com quem convivi por quase 5 anos, tenham sofrido uma lavagem cerebral, ao ponto de darem a própria vida, não pelo mandato do Louro, não contra o Adamor, mas pelos vis interesses do [inescrevível].

Tudo gira em torno do [inescrevível], inclusive as peças teatrais engendradas para confundir partem do próprio. Reflexo inconteste do desespero, da fome pela posse do erário, medo de ficar devendo para credores perigosos, com o iminente risco de pagar com a própria vida, sede de poder, poder, poder. Realmente, o [inescrevível] é o cara! Mas não é a cara do partido!

E assim sendo, os “por quês” são devidos: por que o [inescrevível] tinha tanto poder, inclusive para arrebatar, estraçalhar, macular, destruir, enfim, exterminar o Partido dos Trabalhadores em Santa Luzia? Por que o núcleo político do PT local permitiu que o [inescrevível] ditasse as regras no comando do Executivo e no grupo inteiro, mesmo após o primeiro afastamento do Louro? Por que a covardia e o conformismo foram marcas constantes dos cumpanheiros, mesmo sabendo que o [inescrevível] os estava levando para um abismo sem fim, e, no fim, ele mesmo os jogaria barranco abaixo? Por que a vereadora de vários mandatos aceitou ser pisoteada, desrespeitada, humilhada e desbancada pelo [inescrevível], coadjuvante na ala vip do partido, ao ponto de, agora, colher os frutos de sua ingerência [pra não dizer burrice] à frente da Câmara Municipal? Vários mandatos, Presidência da Câmara, candidata a vice nas eleições passadas! É muita degradação política! Nada é por acaso, todos são vítimas do parasita, do [inescrevível].

A única coisa que os vitimados pelo [inescrevível] devem fazer para “acabar com essa loucura” é deixá-lo à míngua, para que responda pelos seus atos, inclusive pelos empréstimos contraídos junto aos credores, seja lá quem for. Talvez, assim, se sinta enfraquecido e, tal qual nos filmes com final feliz, aqueles enfeitiçados pelo poder macabro do [inescrevível] voltem ao normal, voltem a si. É a minha ânsia. Do contrário, todos serão jogados no abismo, de mãos dadas com o [inescrevível].

Diz o velho ditado que: “Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia”. O adágio é verdadeiro. Em parte. Mas, no caso do [inescrevível] ele só vendia. Já no caso da Vânia Blandtt, não foram poucos os avisos para que se desvencilhasse do parasita, até mesmo levando em consideração a hipótese de desfiliar-se do partido, como premissa para libertar-se do jugo pesado a que se propunha, visando uma candidatura à vereança em 2012. Não assimilou o conselho, o resultado nas urnas todos sabem qual foi. O mais deprimente é ver que, a cada dia que resta para acabar o ano, mais surpreso fico com as atitudes das pessoas que sempre admirei.

Mas tudo isso é obra do [inescrevível].

EDSON MARTINS.

Servidor Municipal