Enfim, um luziense no topo

O excelente pôster abaixo [enviado via email] é da lavra da professora Joana Darc Vierira, postado na íntegra, aqui neste espaço. Vale à pena conferir leitor amigo.

Estive em Santa Luzia para as festas de fim de ano e pude testemunhar um feito histórico em nossa cidade: a posse do primeiro luziense ao cargo de prefeito municipal. Não digo que isso me emociona, porque os fatores genéticos não são indícios concretos de que o executivo desta vez nos trará as respostas há anos ansiadas pelo povo: um governo sério pautado na ética e cujos projetos beneficiarão a população como se deve. A genética pode pré-estabelecer uma vulnerabilidade à honestidade, mas não é determinante para que ela prevaleça. Nascer em uma cidade e ter laços afetivos com o povo que reside nela, ajuda, mas não é o suficiente. Porém, devo dizer que aquele jovem advogado que feliz recebia a faixa do ex-prefeito Zaqueu não é um luziense qualquer – o seu discurso de posse e a sua veemência provam a diferença. Respeitemos o seu histórico porque é de currículos – objetivos e subjetivos – que se faz um profissional. O Adamor Aires, não é só o filho de dona Mena e seu Ademir Oliveira. Ele é também uma brilhante cabeça pensante que tem se destacado no cenário político estadual. Atuou em diversas assessorias em inúmeras prefeituras do interior desse estado, é advogado de renome aqui na capital, foi vereador e presidente da Câmera Municipal de Santa Luzia, deputado Estadual e tem incontáveis projetos aprovados em seu nome no que tange o legislativo paraoara e é sim um intelectual – pelo seu pronunciamento, pelos textos dos projetos, pelas causas ganhas na jurisdição e pelo conhecimento jurídico. “Mas inteligência também não determina o grau de honestidade de uma pessoa”, dirão alguns neste momento. Sei. E digo mais: quanto mais conhecimento tem o homem mais perigoso ele é. Porém essa potencialidade pode ser usada para o bem e, paradoxalmente, também para o mal. Por que pensar então que o mal prevalecerá?

Minha interrogação é persistente a cada vez que leio as críticas prematuras de algumas pessoas que antes mesmo do governo ser de fato estabelecido já apedrejam e reprovam a administração atual. Há entre nós, e eu me incluo nisso, atirador cruel capaz de apertar o gatilho antes mesmo de analisar o grau de periculosidade da presa. Que sentimento é esse que nos invade e que é tão mesquinho a ponto de torcer que a “Era Adamor Aires” falhe? Muitos até rezam para isso como se não fosse povo também. Há pessoas que torcem pelo fracasso do governo como se elas pudessem se isentar das consequências. NÃO! Definitivamente não!

As recentes notícias do insucesso provam que se o executivo falhar a cidade inteira estará refém e não somente aqueles que trabalham diretamente lá – os funcionários e servidores de modo geral. Um erro lá em cima e o efeito é catastrófico e atinge a todos em efeito dominó. Se o funcionalismo não recebe os salários em dia, o comércio para, os lojistas travam, os representantes cessam as encomendas e a cidade se isola num caos total. Torcemos a favor então. Acreditemos então!

Criou-se na cidade um estigma terrível que oposiciona famílias e amigos em prol de um revanchismo bobo que separa “os vermelhos” dos “azuis” como se estivéssemos na África da década de 40 quando a segregação era institucionalizada. Criou-se no 47 uma “Família 22” formada por líderes e simpatizantes do partido do prefeito eleito, mas as medidas formalizadas e executadas por ele atingirá efetivamente a todas as famílias do município: os souzas, os vieiras, os silvas, os martins, os oliveiras, os chagas... Santa Luzia tem que se livrar desse apartheid. Torcemos a favor então que é para que as coisas funcionem e Santa Luzia se desenvolva de uma vez. Já são anos a espera de um milagre que parece inexistente – ter saúde, educação, lazer e transporte escolar de qualidade.

Sei que o Adamor não é o Nelson Mandela e tampouco o salvador da pátria e nem é bom pensarmos assim porque o executivo não se faz apenas por ideologias subjetivas. O prefeito tem que ser um técnico, precisa de competência, profissionalismo, influência, genética e amor. E isso, me parece,  ele tem de sobra porque é filho da nossa terra – cujo umbigo foi enterrado no quintal da nossa casa -, é formado em advocacia, tem experiência e se mostrou até agora digno da nossa confiança. CONFIEMOS ENTÃO! E cobremos também.

Um povo ativo não é aquele que roga as pragas. Um povo participativo é aquele que fiscaliza e cobra os resultados necessários. Resultados positivos é o que a nossa cidade precisa. Santa Luzia está cansada de boas promessas e falsos profetas, nossa cidade clama por melhorias urgentes e o governo Adamor Aires tem sinalizado boa vontade e sensibilidade para que elas cheguem logo. Energizemos positivamente essas ideias então!

Para finalizar digo que certo dia, ao encontrar o Adamor no Hotel Fazenda Santa Luzia, eu disse a ele que a sua responsabilidade como gestor era muito maior do que qualquer um outro que passou por aquela prefeitura, pois é cultural os erros surgirem e as pessoas comentarem que as falhas não foram do prefeito: “Ele era mal assessorado, o coitado!”, “O fulano é bom sim, o problema são as pessoas que trabalham com ele”, “Faltou experiência!”, são desculpas corriqueiras para as tragédias administrativas no 47 e que não caberão a esse governo. Não sei se já perceberam, mas se o Adamor falhar, desta vez, a culpa será única e exclusivamente dele.

Aqui da capital a minha sinalização de positividade ao novo prefeito. BOA SORTE AO NOVO GOVERNO, desejo, mesmo vestindo há tantos anos aquele uniforme com boina e camiseta vermelhas, excelentes trabalhos ao ex-deputado. Estou torcendo muito por este governo e muito mais ainda pelo Adamor.

É árdua a tua tarefa, mas é para o alto que se deve mirar. Tens a chance de marcar de vez a história da tua vida e desta cidade que te elegeu como seu maior tutor.

Joana Vieira, professora e luziense, com muito orgulho!