Parece piada

Antes de iniciar os trabalhos legislativos de 2009 com abertura prevista para dia 14, o presidente da Câmara Municipal Tião Oliveira e os demais vereadores integrantes da mesa diretora e do G-5, enviaram ofício ao chefe do executivo municipal solicitando audiência para discutirem a relação entre os dois poderes e assuntos de interesse da municipalidade.

Óbvio que não foram atendidos, mas receberam resposta, via ofício, justificando o motivo da indelicadeza. Riem todos, por que é realmente engraçado. Segundo o referido ofício o sr prefeito está muito ocupado "todos esses dias" por que tem audiências com o governo do estado, portanto não restando tempo para receber os vereadores.

É absolutamente normal que o apedeuta tenha encontros com sua coleguinha governadora, da qual é subserviente, e pertencem à mesma sigla partidária. Mas o ofício dos vereadores foi enviado há mais de uma semana e ainda falta outra para iniciar o período legislativo.

Será que o digníssimo usurpador de mandato tem encontros com sua excelência todos os dias durante três semanas? Parece que não, por que ele é visto diariamente pela cidade a bordo da sua caríssima pik-up top de linha desfrutando do potente ar refrigerado que a mesma dispõe. E pelo que se tem informação o inquilino do poder é recém chegado de um longa viagem ao belíssimo nordeste do País, onde desfrutou das benesses que o poder permite.

Portanto essa desculpa mais do que esfarrapada para não atender a solicitação dos edis luzienses não convence nem o mais despercebido dos cidadãos. Ora, prefeito coloque um pouco de juízo na cabeça e atenda os vereadores para discutirem o bom funcionamento do município, pelo bem do povo. Lembre-se que o município não é sua propriedade, mas seu posto de emprego onde foi alçado por vias tortuosas contra a vontade da maioria.

Essa atitude lamentável da administração, faz lembrar de uma frase proferida por uma velha raposa política de Santa Luzia:

- O prefeito pode degladiar-se com todo mundo, até mesmo com o povo. Mas com os vereadores nunca, ainda mais quando se trata da presidência e maioria da câmara municipal.

Será que ele não sabe disso ou quer dá uma de duro na queda para medir forças? Se for isso, mal sabe que prefeito sem o aval da câmara é um poder de mãos atadas e de ações limitadas.