Convite
Recebi hoje [via email] convite do professor doutor Abílio Pacheco [meu ex professor da UFPA] para o lançamento do seu livro de poesias "Mosaico Primevo/Poemia" em duas ocasiões [vide imagem abaixo].
[Abílio Pacheco]
Aqui, abaixo um dos poemas de sua autoria que faz parte do livro:
Dezembros
[dedicado ao seu irmão Ezequiel Pacheco Neto]
Quando dezembro chegar
Meu mano e uns conhecidos
Reunidos todos em festa
De copo cheio na mão
Cantarão, me abraçarão
E hão de quebrar
Em meio a risos e risos
Uns ovos em meus cabelos
Quando dezembro chegar
Não serei mais o mesmo
Contarei mais umas rugas
Uns tantos fios a menos
E outros claros a mais
Quando dezembro chegar
Estarei na face fria
Do mesmo espelho que há anos
A rir de mim pra mim
Vem sempre me revelar
O que o tempo vem esculpindo
Em um rosto dezembral
Quando dezembro chegar
Terei juntas mais duras
Movimentos mais lentos
Mãos um pouco mais trêmulas
Cansados olhos castanhos
Ralos cabelos grisalhos
E não entenderei gíria alguma
Que os meus filhos disserem
Quando dezembro chegar
Onde estarão os amigos?
Os ovos?... Os copos?... Quebrados?
Os filhos estarão casados
O espelho velho embaçado
Os filhos dos filhos crescendo
E os olhos de mim... quebrados.
Dezembros
[dedicado ao seu irmão Ezequiel Pacheco Neto]
Quando dezembro chegar
Meu mano e uns conhecidos
Reunidos todos em festa
De copo cheio na mão
Cantarão, me abraçarão
E hão de quebrar
Em meio a risos e risos
Uns ovos em meus cabelos
Quando dezembro chegar
Não serei mais o mesmo
Contarei mais umas rugas
Uns tantos fios a menos
E outros claros a mais
Quando dezembro chegar
Estarei na face fria
Do mesmo espelho que há anos
A rir de mim pra mim
Vem sempre me revelar
O que o tempo vem esculpindo
Em um rosto dezembral
Quando dezembro chegar
Terei juntas mais duras
Movimentos mais lentos
Mãos um pouco mais trêmulas
Cansados olhos castanhos
Ralos cabelos grisalhos
E não entenderei gíria alguma
Que os meus filhos disserem
Quando dezembro chegar
Onde estarão os amigos?
Os ovos?... Os copos?... Quebrados?
Os filhos estarão casados
O espelho velho embaçado
Os filhos dos filhos crescendo
E os olhos de mim... quebrados.
[Abílio Pacheco]
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