A Informação Passada a Limpo

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Por conta da crise município é obrigado a cortar gastos e reduzir o funcionalismo

Não é novidade para ninguém que o país atravessa a mais grave crise econômica das últimas três décadas. Também não é nenhuma novidade que esta mesma crise está afetando mortalmente os municípios, obrigando-os a cortar na própria carne para evitar a falência. Sem dinheiro, os prefeitos estão sendo obrigados a reduzir drasticamente os gastos para não correr o risco de chegar ao fim do mês e não dispor de recursos para honrar nem os compromissos mais urgentes, como a folha de pagamento do funcionalismo, por exemplo.

Para conseguir manter o equilíbrio fiscal os gestores municipais não têm outra saída a não ser lançar mãos de remédios amargos e medidas impopulares que nem sempre são compreendidas pela população, que no final das contas é quem paga o pato, como se diz por aí.

Como todo município pequeno que não dispõe de arrecadação própria e sobrevive praticamente das transferências de recursos da União, Santa Luzia há tempos vem sofrendo com a diminuição brutal dos repasses federais que cada vez mais compromete a prestação dos serviços públicos com eficiência, e para evitar o colapso total o Governo Municipal está sendo obrigado a tomar decisões que vão de encontro com os anseios da população.

Com a proximidade do fim de ano além das despesas correntes surgem outras obrigatoriedades que o município tem que honrar, e para tanto é necessário sanear as contas, mesmo que isso provoque uma série de transtornos em todos os níveis da administração, por que o Prefeito é obrigado a cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal sob pena de sofrer as sanções da lei que podem lhe implicar até na perda do mandato caso não a cumpra.

Por conta da escassez de recursos, diversos setores da administração sofreram cortes profundos e mesmo assim não foram suficientes para manter o equilíbrio, deixando o município sem saídas para evitar a demissão dos funcionários temporários. Não foi com nenhuma satisfação que o Prefeito lançou mãos desse dispositivo, mas por que foi a única alternativa que lhe restou para evitar o pior.

No mês de dezembro a situação é mais delicada ainda por que o Governo tem que pagar os salários normais e o 13º salário, além do adicional de férias para algumas categorias, entre outros benefícios indiretos. Para honrar todos esses compromissos é necessário "gerar" fluxo financeiro, mesmo que isso implique [e não houve outro jeito] no enxugamento da máquina administrativa, como ocorreu no final de novembro. É um remédio amargo, mas extremamente necessário e inevitável com efeitos colaterais dolorosos.

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