Simão Jatene confirma Márcio Miranda como candidato ao governo do estado com apoio do PSDB
Do blog Ver O Fato, editado elo jornalista Carlos Mendes, um dos profissionais mais completos e competentes da imprensa paraense
Com isso, o governador atirou num rio congelado a candidatura do secretário Adnan Demachki - já na geladeira por ter brigado com Izabela Jatene, a filha do governador -, e sepultou em cova profunda a vontade do prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro [PSDB], de experimentar o gostinho de sucedê-lo. O senador Flexa Ribeiro [PSDB], de quem lá atrás se dizia ter aspiração ao cargo, na verdade jamais batalhou para isso, até porque quer voltar à Brasília, a partir de 1º de janeiro de 2019, novamente no cargo que hoje ocupa.
Pioneiro soltou fumaça e agora cospe fogo ao saber da preferência do governador por Márcio Miranda. Uma fonte ligada ao prefeito foi incisiva: "o Pioneiro não aceita o Márcio Miranda, que não é do PSDB, e já avisou que lançará seu nome ao governo na hora certa". Não se sabe se a birra de Pioneiro é para valer ou ele apenas blefa, querendo botar o governador contra a parede, sem força para aguentar o tranco.
O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, já desistiu de disputar o governo. Ele quer concluir o BRT e usar a obra mais tarde para pleitear a cobiçada vaga ao cargo que Jatene reserva para Márcio Miranda. Como se vê, a opção pelo presidente da Alepa não será tão pacífica como imagina o próprio governador. Que, aliás, não pensou em seu destino político, se fica até o final do mandato, para alavancar Miranda, ou se deixa o cargo para se candidatar a algum cargo federal.
Prego no sapato
Quem tira o sono do governador é seu vice, Zequinha Marinho [PSC], que não manda nada, perdeu mais de 80 cargos de nomeação que tinha como deputado federal e se sente "traído" por Jatene, que o restringiu num gabinete sem nenhuma força política para fazer barulho em 2018. No máximo, hoje, ele lutaria para manter a mulher, Júlia Marinho, na Câmara Federal. Muito pouco para suas ambições.
O que se diz pelos corredores palacianos da avenida Almirante Barroso é que Marinho estaria de "namoro" com Helder Barbalho, na companhia de quem já foi visto e fotografado numa daquelas distribuições de cheques federais a prefeituras que sequer podem botar as mãos na grana, porque estão inadimplentes com a União.
Barbalho já comprou a aliança para sacramentar o noivado político com o vice de Jatene, mas o cortejado se faz de gostoso para que o governador sinta o que está perdendo caso insista em isolá-lo do poder. Vingança de vice, como se diz por aí, pode ser tiro no pé. Mas, quando dá certo, costuma fazer estragos. Coisas do poder. Ou da sua falta.
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