A Informação Passada a Limpo

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Petróleo à vista em Salinas

Somente a implantação de um polo universitário avançado voltado para a área tecnológica em Salinas, estruturado pela Vale e pela Petrobras, já representa uma forte evidência de que no Pará existe petróleo ou gás. Com o início da perfuração, desde dezembro do ano passado, do poço exploratório Harpia, localizado a 222 quilômetros do município de Viseu, no chamado Bloco Marítimo Pará-Maranhão 3 [BM-PAMA-3], essa hipótese se tornou mais forte.

A possibilidade da existência de petróleo em território paraense ficou ainda mais evidente quando a Petrobras instalou plataformas na divisa do Pará com o Maranhão e passou a alertar os navegantes quanto aos riscos de trafegar no local.

Neste domingo, a OGX Petróleo e Gás e o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] promovem audiência pública em Bragança, reunindo também a população do município de Augusto Corrêa, para definir duas coisas: como compensar os pescadores que não poderão mais ingressar na área de exploração - um grande trecho da Bacia Pará-Maranhão - e de que forma os municípios serão indenizados, caso haja algum prejuízo de ordem ambiental.

Diante de tantas evidências, o professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Carlos Alberto Dias, não tem dúvidas: existe petróleo na costa paraense. "A Petrobrás, principal agente de exploração do País, até hoje não encontrou petróleo no Pará. No entanto, existem fortes indícios na região à altura de Salinas, na Bacia Pará-Maranhão", assegura. Dias - que é natural de Salinópolis, afirma que as evidências apontam para a existência do ouro negro, e que as confirmações virão após as perfurações. "O petróleo paraense se encontra próximo a camada de calcário - e é um ambiente bem difícil de estudar, como ocorre com o Pré-Sal. Caso se confirme, será uma benção, pois os royalties transformam qualquer região", destaca. Ele lembra que as mudanças decorrentes do petróleo no Norte-Fluminense levaram desenvolvimento e qualidade de vida ao local. O professor também ressalta que faz parte do grupo que vai estruturar o Polo Universitário de Salinas, idealizado pela parceria entre a Vale, a Petrobras e a Ufpa [Universidade Federal do Pará].

TERRENO

Para Carlos Alberto Dias, a UFPA está se antecipando aos projetos de exploração que devem ganhar força nos próximos anos. A construção do polo universitário deve ser concluída já no próximo ano, segundo afirma o prefeito de Salinópolis, Wagner Curi [PT]. "A Vale, a Petrobras e a UFPA confirmaram a criação do instituto de pesquisa na região. Fizemos a doação de um terreno de 44 hectares, e agora está na fase de captação dos recursos. A obra deve ser concluída ainda em 2011. A previsão é de que em 2012 já tenhamos vestibular", assegura o prefeito.

Curi enfatiza que os cursos de graduação e pós-graduação em Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo, e Engenharia Oceânica, bem como um curso profissionalizante de Pesca, que só tem em Santa Catarina, serão disponibilizados no Pará. "Com certeza, já tem confirmada a existência de petróleo na costa paraense, caso contrário, não haveria motivos para investir em tal infraestrutura. Vamos ganhar cursos superiores e técnicos e vamos gerar milhares de empregos diretos e indiretos", atesta o prefeito.

Fonte: Portal ORM

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