À essência da mediocridade

A fragilidade dos seus argumentos e a ausência total de indícios que os corroborem, denunciam os indigentes intelectuais ao serem questionados, que por mero desconhecimento da sua condição atrofiada, lançam mão do que mais lhe é familiar: o discurso sorrateiro, vazio e carente de elementos que lhe dêem tenacidade ao ponto de ser merecedor de qualquer credibilidade por parte dos seus interlocutores.

O pior acontece quando a inabilidade intelectual está à serviço daqueles que pagam mais, semelhante às rameiras inebriadas que "batem ponto" nas esquinas meretrícias oferecendo um instante de aconchego em suas alcovas para amealharem algumas migalhas, nem que para isso seja necessário reprimir a abulia do próprio corpo. E neste caso, mesmo que o neurônio solitário do indigente em questão insista em articular um raciocínio lógico, não vai conseguir por que o seu comportamento pusilânime diante de quem o paga não lhe permite enxergar nada mais que esteja além de um palmo do próprio focinho.

Portanto, nesse contexto onde a mediocridade torna-se a excelência do indivíduo: cretino e fundamentalista que não passa de um pícaro rastejante patrocinado pelos farândolas que vivem de saquear o erário, o que lhe resta mesmo é partir para o ataque baixo, à sua imagem e semelhança, em defesa das migalhas que lhe sobram de baixo da mesa para matar a fome dos cães servis.