O novo mapa político do estado do Pará após as eleições
Com 59 prefeituras conquistadas pelo MDB - partido conduzido por quase quatro décadas com mão de ferro pela toda poderosa Família Barbalho -. o que representa mais de um terço dos municípios paraenses, incluindo-se aí três dos cinco maiores colégios eleitorais do estado - Ananindeua, Parauapebas e Castanhal - Helder mostrou capilaridade e inteligência nas articulações políticas bem sucedidas que o fazem um exímio articulador, agregando capital político e dando fluidez eleitoral à legenda que tem "debaixo do sovaco". E mais, o resultado das urnas mostraram que Helder não foi atingido pelos recentes escândalos envolvendo o seu governo e até ele próprio, que resultaram em duas batidas policiais no gabinete do governador, em órgãos públicos estaduais de primeiro escalão e até mesmo em endereços particulares do chefe do executivo e de aspones que gozavam da sua estreita relação pessoal, cujos nomes foram citados em malfeitos envolvendo desvios de milhões em dinheiro público durante as ações de enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus. Pelo visto, Helder saiu incólume e com grandes possibilidades de renovar o mandato por mais quatro anos na próxima eleição.
Além do MDB, partidos que orbitam o governo e lhe dão sustentação política na Assembleia Legislativa, a exemplo do PL, do vice-governador Lúcio Vale, que emergiu das urnas como a terceira maior força política do estado com o PSD, legenda que também reza na cartilha do Palácio dos Despachos, em segundo lugar, completando o pódio e somando mais de 90 prefeituras, também entram no radar do governador inflando ainda mais o seu portifólio político-eleitoral.
Por outro lado, essa eleição revelou-se uma madrasta para a pífia oposição, capitaneada pelo PSDB, praticamente dizimada já em 2018 pela vitória de Helder. O tucanato que em tempos áureos do seu longo reinado de mais de 20 chegou a conquistar mais de 40 prefeituras, inclusive o maior colégio eleitoral, Belém, teve que se contentar com miadas 13 prefeituras, nenhuma com densidade eleitoral capaz de dá torque aos planos de reconstrução da legenda no estado.
Pelo que desenha no horizonte, não há vida fácil nem perspectivas de reação para os partidos de oposição ao governo de Helder Barbalho que caminha a passos largos rumo a um novo triunfo em 2022.
Antes de encerrar essa discussão, faz-se necessário dá uma espiadinha no campo partidário progressista, cujas legendas de centro-esquerda são as estrelas: PT, PDT, Psol e PSB. Com a definição para o segundo turno em Belém e Santarém, esse espectro político poderá dá um passo importante se conquistar a maioria do eleitorado no primeiro e terceiro maior colégio eleitoral do estado, com o Psol na capital e o PT, na Pérola do Tapajós, respectivamente.
Ainda sob o reflexo das duas últimas eleições, 2016 e 2018, e sob a pressão dos escândalos da Lava Jato e da prisão de Lula, o capitão-mor do petismo, o PT foi o partido que mais minguou no Pará, ficando bem longe do seleto clube de maiores conquistadores de prefeituras, que costumava frequentar na década de 2000 quando chegou a eleger mais de 30 prefeitos, inclusive o de Belém. Mas o PT minguou, e muito conquistando até agora somente 3 prefeituras.
Vamos ao seguinte cenário [quantitativo de prefeituras paraenses que os partidos conseguiram] após a análise da ressonância desses números:
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