G-8 foi decisivo na escolha da vaga para o TCE

A disputa pela vaga de conselheiro do TCE [Tribunal de Contas do Estado] à que a Alepa [Assembleia Legislativa do Pará] tinha direito, e que se arrastava indefinidamente desde o ano passado, foi uma queda de braços acirrada entre governo e oposição que finalmente chegou ao fim.

Apesar de serem três candidatos no páreo, somente dois tinham musculatura política suficiente para fomentar a guerra de bastidores em busca de votos, Luís Cunha [PDT] com aval do Palácio dos Despachos e André Dias [PSDB], apoiado pela oposição e parte do PMDB que não comunga com o governo Ana Júlia.

Correndo por fora, Júnior Hage [PR] estava em desvantagem em relação aos dois veteranos. Além de ser marinheiro de primeira viagem no legislativo estadual, Hage não desfruta da simpatia dos seus pares, tornando inviável sua candidatura, tanto que a renunciou ontem depois que o G-8, bloco supra partidário independente à que pertence, declarou apoio ao candidato do governo.

Com o apoio do G-8, articulado pelas suas principais lideranças, os deputados Márcio Miranda [DEM] e Adamor Aires [PR], a "parada" ficou fácil para Luís Cunha, que já contava com a base governista. Dessa maneira quem decidiu o jogo mais uma vez foi o G-8, sendo a peça fundamental para o governo emplacar a tão sonhada vaga no TCE, diferentemente de 2008, quando o G-8 também foi decisivo, só que derrotando o governo, na indicação do então deputado César Colares para o TCM [Tribunal de Contas dos Municípios] contra o próprio Luís Cunha.

Portanto, com essa atitude o G-8 deixa a partida entre govenistas e oposicionistas empatada em 1 a 1, mostrando sua importaância dentro da Assembleia Legislativa na hora de negociações importantes para ambos os lados.