Remendaram a redoma
Mais um excelente artigo da lavra do nosso colaborador anônimo:
O trecho acima citado, sob o título “A Redoma Quebrou”, foi por mim postado neste espaço logo após tomar conhecimento do afastamento do prefeito Louro, ainda no sábado. Confesso que o que ocorrera ontem, dando vida ao texto, não é motivo de surpresa, dado à forma como foi conduzida. Desconhecendo os argumentos dos advogados de defesa e dos de julgamento do desembargador que concedeu a liminar devolvendo o prefeito de direito ao cargo, a realidade é que, como justifica o título desta peça, “Remendaram a Redoma”, mas, como todo objeto frágil, principalmente de cristal, é oportuno tecer alguns comentários que, a priori, podem soar como sarcásticos, mas, para quem consegue ler e interpretar, constitui-se num alerta para que esses cacos remendados não venham a estraçalhar-se novamente, e em pedaços infinitamente menores, impossibilitando novamente a sua junção.
Todos hão de concordar que qualquer objeto de vidro é inimigo declarado de uma pedra. Em Santa Luzia o que ora ocorre é exatamente igual, literalmente. Para se entender melhor a comparação, faz-se mister que façamos algumas recapitulações dessa novela:
1º Capítulo: Começou com a candidatura da Lúcia Machado ao PED, para decidir quem iria comandar o PT local, onde ela, disputando com o candidato preferido do prefeito, deu uma lavagem, elegendo o Zeca do Bento como presidente do diretório municipal. Peia no governo!
2º Capítulo: Lúcia Machado, baluarte do PT, candidata-se à presidência da Câmara Municipal, disputando com o candidato preferido do prefeito Louro, tendo como componentes de sua chapa somente opositores [inclusive ela], sagrando-se vencedora, resultado da “fuga” do Edson Farias frente à derrota antecipada.
3º Capítulo: Com a maioria da Câmara contrária ao governo, as benesses começaram a ser cortadas, o acesso ao governo dificultado e o desprestígio da Lúcia Machado e do Robson Federal perante os correligionários governistas reduziu-se a zero. Deflagrava-se aí o início de toda uma celeuma.
4º Capítulo: Com o corte das regalias por parte do executivo, Robson Federal, o mais moralista e polêmico, resolveu insuflar-se de vez e, sabedor das bandalheiras que ocorrida há tempos no palacete, começou a colocar a boca no trombone. A partir daí, começou a ser a esperança dos opositores de carteirinha, aqueles que, indiferentemente de quaisquer influências, ansiavam nada mais, nada menos do que a vingança pelo que ocorrera nas urnas.
5º Capítulo: O governo, percebendo que “a coisa começava a ficar feia”, começou a pretender a expulsão do Robson Federal da ala do PT, mas que não teve competência para fazê-lo, pois se o fizesse, o Robson não seria mais vereador, pois, segundo a legislação eleitoral, o mandato é do partido e não do candidato eleito. Nesse ínterim, recrutou para suas fileiras dispersas vereadores ditos de oposição, que, de tão calados, poder-se-ia compará-los a uma víbora, a qual ejacula o veneno mortal e vê sua presa agonizar ante a morte iminente. Nesse capítulo, a burrice política dos articuladores do governo foi imbatível.
6º Capítulo: Na base do “não sei o que”, mas já sabendo, o governo, depois de várias reuniões, resolveu chamar a Lúcia Machado para as negociatas de praxe, cujos argumentos convencedores não sabemos de público, mas não fica difícil adivinhar. Sabemos, apenas, que “no pacote” continham algumas secretarias, cujos titulares permaneceram no cargo apenas 23 dias, sendo reconduzidos via liminar, como os demais.
7º Capítulo: Com o caldo já entornado, o intuito desesperado do governo era de que a Lúcia Machado pudesse frear o ímpeto voraz do Robson e Cia., cuja fome só seria saciada com o afastamento do prefeito Louro. Ledo engano! Como já é contumaz no PT luziense, novamente houve uma disputa interna, onde, novamente, e mesmo com a toda-poderosa Lúcia Machado, presidente da CM, o governo levou mais uma pedrada e, consequentemente, a redoma quebrou.
8º Capítulo: Antes de a pedra ser jogada e a redoma quebrar, a Lúcia, o Franço e o Edson abandonaram a plenária. Francamente não entendi o motivo da retirada da Lúcia, já que foi ela o verdadeiro pivô de toda essa balbúrdia. Os componentes da Mesa Diretora são os mesmos que, com ela, formaram a chapa vencedora. Foi ela que, até poucos dias atrás, colocava a “faca no pescoço do governo”, exigindo “mundos e fundos” [pelo menos, os “fundo$” ela conseguiu. Já o “mundo” desabou em sua cabeça depois do fracasso].
9º Capítulo: Com o insucesso da base aliada no legislativo, os opositores, pelo menos temporariamente, deram as cartas, seguiram o protocolo e afastaram o prefeito, empossando o vice, Zaqueu, o qual teve as suas pouco mais de 24 horas de fama como o “senhor do palacete”, despertando ódio, de muitos, e amores, de poucos, reforçando a trivialidade latente e característica da cidade morena.
10º Capítulo [último e mais longo]: A partir desse capítulo começam as brigas judiciais, a guerra de liminares. E seja o que Deus quiser!
De um colaborador.
“A essa altura do campeonato, no fervor das ações, as emoções e a empolgação são naturais. Mas tal qual as miragens num deserto, elas também são enganosas. Sabemos que a justiça brasileira tem os seus desleixos, as suas incongruências, e, os desembargadores, o seu preço, principalmente para concederem liminares-relâmpagos e, principalmente, ainda, nos finais-de-semana, e, principalmente, ainda, para retorno de prefeito ao cargo.
Sejamos realistas! Embora reconheçamos a autonomia da câmara, temos que ter a visão realista de que o prefeito que foi afastado ontem, pode retornar hoje e o que foi empossado ontem, pode nem ficar por dois dias seguidos.”
O trecho acima citado, sob o título “A Redoma Quebrou”, foi por mim postado neste espaço logo após tomar conhecimento do afastamento do prefeito Louro, ainda no sábado. Confesso que o que ocorrera ontem, dando vida ao texto, não é motivo de surpresa, dado à forma como foi conduzida. Desconhecendo os argumentos dos advogados de defesa e dos de julgamento do desembargador que concedeu a liminar devolvendo o prefeito de direito ao cargo, a realidade é que, como justifica o título desta peça, “Remendaram a Redoma”, mas, como todo objeto frágil, principalmente de cristal, é oportuno tecer alguns comentários que, a priori, podem soar como sarcásticos, mas, para quem consegue ler e interpretar, constitui-se num alerta para que esses cacos remendados não venham a estraçalhar-se novamente, e em pedaços infinitamente menores, impossibilitando novamente a sua junção.
Todos hão de concordar que qualquer objeto de vidro é inimigo declarado de uma pedra. Em Santa Luzia o que ora ocorre é exatamente igual, literalmente. Para se entender melhor a comparação, faz-se mister que façamos algumas recapitulações dessa novela:
1º Capítulo: Começou com a candidatura da Lúcia Machado ao PED, para decidir quem iria comandar o PT local, onde ela, disputando com o candidato preferido do prefeito, deu uma lavagem, elegendo o Zeca do Bento como presidente do diretório municipal. Peia no governo!
2º Capítulo: Lúcia Machado, baluarte do PT, candidata-se à presidência da Câmara Municipal, disputando com o candidato preferido do prefeito Louro, tendo como componentes de sua chapa somente opositores [inclusive ela], sagrando-se vencedora, resultado da “fuga” do Edson Farias frente à derrota antecipada.
3º Capítulo: Com a maioria da Câmara contrária ao governo, as benesses começaram a ser cortadas, o acesso ao governo dificultado e o desprestígio da Lúcia Machado e do Robson Federal perante os correligionários governistas reduziu-se a zero. Deflagrava-se aí o início de toda uma celeuma.
4º Capítulo: Com o corte das regalias por parte do executivo, Robson Federal, o mais moralista e polêmico, resolveu insuflar-se de vez e, sabedor das bandalheiras que ocorrida há tempos no palacete, começou a colocar a boca no trombone. A partir daí, começou a ser a esperança dos opositores de carteirinha, aqueles que, indiferentemente de quaisquer influências, ansiavam nada mais, nada menos do que a vingança pelo que ocorrera nas urnas.
5º Capítulo: O governo, percebendo que “a coisa começava a ficar feia”, começou a pretender a expulsão do Robson Federal da ala do PT, mas que não teve competência para fazê-lo, pois se o fizesse, o Robson não seria mais vereador, pois, segundo a legislação eleitoral, o mandato é do partido e não do candidato eleito. Nesse ínterim, recrutou para suas fileiras dispersas vereadores ditos de oposição, que, de tão calados, poder-se-ia compará-los a uma víbora, a qual ejacula o veneno mortal e vê sua presa agonizar ante a morte iminente. Nesse capítulo, a burrice política dos articuladores do governo foi imbatível.
6º Capítulo: Na base do “não sei o que”, mas já sabendo, o governo, depois de várias reuniões, resolveu chamar a Lúcia Machado para as negociatas de praxe, cujos argumentos convencedores não sabemos de público, mas não fica difícil adivinhar. Sabemos, apenas, que “no pacote” continham algumas secretarias, cujos titulares permaneceram no cargo apenas 23 dias, sendo reconduzidos via liminar, como os demais.
7º Capítulo: Com o caldo já entornado, o intuito desesperado do governo era de que a Lúcia Machado pudesse frear o ímpeto voraz do Robson e Cia., cuja fome só seria saciada com o afastamento do prefeito Louro. Ledo engano! Como já é contumaz no PT luziense, novamente houve uma disputa interna, onde, novamente, e mesmo com a toda-poderosa Lúcia Machado, presidente da CM, o governo levou mais uma pedrada e, consequentemente, a redoma quebrou.
8º Capítulo: Antes de a pedra ser jogada e a redoma quebrar, a Lúcia, o Franço e o Edson abandonaram a plenária. Francamente não entendi o motivo da retirada da Lúcia, já que foi ela o verdadeiro pivô de toda essa balbúrdia. Os componentes da Mesa Diretora são os mesmos que, com ela, formaram a chapa vencedora. Foi ela que, até poucos dias atrás, colocava a “faca no pescoço do governo”, exigindo “mundos e fundos” [pelo menos, os “fundo$” ela conseguiu. Já o “mundo” desabou em sua cabeça depois do fracasso].
9º Capítulo: Com o insucesso da base aliada no legislativo, os opositores, pelo menos temporariamente, deram as cartas, seguiram o protocolo e afastaram o prefeito, empossando o vice, Zaqueu, o qual teve as suas pouco mais de 24 horas de fama como o “senhor do palacete”, despertando ódio, de muitos, e amores, de poucos, reforçando a trivialidade latente e característica da cidade morena.
10º Capítulo [último e mais longo]: A partir desse capítulo começam as brigas judiciais, a guerra de liminares. E seja o que Deus quiser!
De um colaborador.
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