A Informação Passada a Limpo

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Aliança no Pará junta Heler Barbalho e Bolsonaro no mesmo palanque - ex-vice-governador de Jatene será suplente de Jader

Por Carlos Mendes, do blog Ver-o-Fato

O acordo político já está praticamente fechado no Pará, segundo revelou ao Ver-o-Fato uma fonte que acompanha a movimentação das pedras no tabuleiro de xadrez estadual. O ex-ministro da Integração, Helder Barbalho, do MDB, pré-candidato ao governo, terá em seu palanque a companhia do deputado federal Jair Bolsonaro - PSL.

Bolsonaro lidera as pesquisas eleitorais na corrida à presidência da República nos cenários onde não aparece o ex-presidente Lula, hoje encarcerado por condenação judicial no processo da Lava Jato e praticamente fora do páreo. O deputado, perguntado em Marabá anteontem pelo jornalista Leonêncio Nossa, de "O Estado de São Paulo", sobre o apoio dos Barbalho, foi taxativo:

"Não posso evitar acordos nas sucessões estaduais. Se o nosso foco é a cadeira presidencial, paciência”, disse o pré-candidato. “Só não vamos fazer pacto com o diabo”, completou, numa referência a um discurso em que a presidente cassada Dilma Rousseff afirmou que podia “fazer o diabo quando é hora da eleição”. Bolsonaro, no entanto, disse que não tem “nada a ver” com a costura no Estado e lembrou que conseguiu barrar um acordo do PSL com o PCdoB no interior de Minas Gerais.

Porém, a informação chegada ao Ver-o-Fato é de que Bolsonaro mandou "seguir em frente" com a aliança. Quem está à frente do acordo é o deputado federal Eder Mauro, que coordena no Estado a pré campanha do deputado carioca, hoje a voz mais estridente da direita nacional. As tratativas avançaram muito nos últimos dias, sobretudo depois que o médico, Geraldo Veloso [informação corrigida, ele nunca foi prefeito de Marabá e sim o pai dele, já falecido], também do PSL, engajou-se ainda mais às negociações, aproveitando a presença de Bolsonaro no município. Veloso, que na verdade já vinha atuando com Eder Mauro nos bastidores, terá seu nome apoiado como candidato a deputado federal.

O que pensa disso o cacique Jader Barbalho, pai de Helder e pré candidato à reeleição ao Senado? Parece que Jader joga em várias direções, sempre mais próximo de quem pode alçar voo mais altos nas urnas em direção ao Palácio do Planalto. Para uns, diz que seu candidato à presidência da República é o ex-ministro da Fazenda de Temer, o banqueiro Henrique Meirelles, do MDB. Para outros, sinaliza que aguarda definição de um nome forte do PT ao Planalto.

O presidente do PSL no Pará, Rogério Barra, disse ao repórter do "Estadão" que seu partido é ligado especialmente aos policiais militares e está na oposição ao governador Simão Jatene - PSDB. “Ele não recebe a tropa da polícia, que forma a base do nosso partido”, emendou. “O PSL tem um diálogo com o grupo oposicionista, mas uma aliança ainda está indefinida”, resumiu.

Eder Mauro desconversou em Marabá a sobre as negociações, mas adianta, porém, que nas conversas com Helder, está acertado que ele ditará a segurança pública no Estado num eventual governo do grupo.

Helenilson com Jader

O ex-vice governador durante o segundo mandato de Simão Jatene, o economista Helenilson Pontes, também já concluiu as negociações e, a convite de Jader, será primeiro suplente na chapa em que o senador emedebista buscará a reeleição. "Já fui advogado do Jader e sempre tive com ele um bom relacionamento", disse Helenilson em conversa telefônica com o Ver-o-Fato.

Perguntado se havia sido chamado pelo governador Simão Jatene para alguma conversa sobre candidatura em outubro, Helenilson respondeu que não, embora enfatizasse que se "dá bem" com o tucano.

Sobre a candidatura ao governo do deputado Márcio Miranda, que tem o apoio de Jatene, o economista disse que na terra dele, Santarém, Miranda "não terá palanque", porque o único aliado será o deputado Alexandre Von.

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