A Informação Passada a Limpo

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Em tempo - especial eleições


De graça
Assim como Brasil a fora, em Santa Luzia do Pará, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, recebeu apoio espontâneo e voluntário dos eleitores sem interferência de nenhuma liderança política. Através de dois grupos de WhatsApp os luzienses apoiadores do capitão da reserva fizeram vaquinhas para custear a impressão de adesivos, santinhos e camisetas, bem como para bancar a compra de fogos de artifício usados em duas carreatas realizadas antes do primeiro turno demostrando a grande adesão de eleitores luzienses, especialmente da juventude que assumiu o protagonismo da campanha presidencial nas redes sociais e nas ruas da cidade.

Só empolgação
A empolgação dos eleitores de Bolsonaro é visível, especialmente pela grande quantidade de veículos nas carreatas e o engajamento dos eleitores nas redes sociais com o objetivo de divulgar a campanha do presidenciável bem como defendê-lo de ataques de adversários. Em Santa Luzia do Pará, berço do petismo paraense e um dos redutos históricos da legenda de esquerda no estado, Bolsonaro também enfrentou a fúria dos inimigos e do ativismo feminista que aderiram à campanha nacional de ódio contra ele e foram para as ruas, sem nenhum protagonismo, diga-se de passagem, na tentativa de desgasta-lo em solo luziense, mas assim como aconteceu em todo o Brasil, o movimento não causou nenhum dano na imagem do deputado que recebeu mais de 2.200 votos e deve repetir a dose no segundo turno com um placar ainda mais dilatado.

Agradecimentos I
Após a vitória espetacular de Jair Bolsonaro no primeiro turno, os principais dirigentes do movimento de apoio ao candidato usaram as rede sociais para agradecer o apoio recebido e pedir o mesmo empenho na campanha do segundo turno. Diante do desempenho de Bolsonaro nas urnas, os únicos sentimentos expressados por essa turma são o de dever cumprido e a certeza de vitória no dia 28 com uma votação ainda maior em Santa Luzia do Pará.

Agradecimento II
Em vídeo divulgado pela Assessoria de Comunicação do município, o prefeito Edno Alves agradeceu à população pelos votos dados aos seus candidatos nesta eleição. Mais uma vez, vale ressaltar que mesmo diante de todas as dificuldades impostas pela crise que tem gerado alguns percalços à administração municipal, Edno teve um desempenho mais do que satisfatório nas urnas. Os candidatos apoiados pelo alcaide estão entre os mais votados no município e com votação expressiva, apesar do pouco tempo disponibilizado pelo prefeito para se dedicar á campanha.

Juntando os opostos
A propósito do presidenciável Jair Bolsonaro, em Santa Luzia pelo que parece o capitão da reserva do Exército, por uma ironia do destino colocou do mesmo lado dois arqui-inimigos da política local: o ex-prefeito Adamor Aires, que já declarou apoio a Bolsonaro mais de uma vez nas redes sociais, e o prefeito Edno Alves, que nunca declarou publicamente apoiar Bolsonaro, registre-se, mas segundo fontes do blog, o atual chefe do executivo municipal é pra lá de simpático às pretensões do postulante ao Palácio do Planalto.

Família D. Pedro
O movimento de apoio ao candidato Bolsonaro em Santa Luzia do Pará surgiu e é liderado por jovens moradores da travessa D. Pedro I, a famosa rua do Curí, reduto de uma turma de amigos identificada como a "Família D. Pedro" que tem forte apelo e protagonismo político na militância de direita na cidade. A Família D. Pedro, inclusive, teve participação importante em momentos decisivos da política luziense nos últimos anos, e nas eleições deste ano escreveu mais um capítulo importante da história do município ao protagonizar uma campanha eleitoral com forte apelo popular e sem apoio de políticos tradicionais desde redemocratização do país a mais de três décadas, quando os jovens daquela época foram para as ruas pedir eleições diretas e o fim da intervenção militar na então vila de Santa Luzia.

Renovação?
A propósito, a travessa D. Pedro I é celeiro de políticos de expressão no município. Elegeu cinco vereadores desde a emancipação em 1992 e de lá pra cá emplacou um representante na câmara em todos os pleitos. E mais, a expectativa é que dessa nova geração desponte pelo menos mais uma liderança que ascenda à política partidária já nas próximas eleições municipais. Somente a título de lembrete, os políticos com raízes na rua do Curí são os irmãos e ex-vereadores Lucas Cavalcante [in memoriam], Jacozinho e Antonio do ônibus, e os atuais vereadores Socorro Saldanha e Orley Soares, que desempenham papel importante na política luziense.

Baixa na Pérola
Bragança - que sempre contribuiu com nomes importantes para a política paraense - por conta da ganância das principais lideranças do município que não se entendem e se digladiam pelo controle do poder acabou ficando sem representantes na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal na próxima legislatura. Todos os bragantinos que enfrentaram as urnas na eleição de domingo tiveram desempenho pífio e foram fragorosamente derrotados. Sobrenomes de pedigree da política local como Lobão, Morgado e Oliveira, que já protagonizaram capítulos importantes da história do município e do Pará, saíram do pleito deste ano muito menor do entraram. Mas a derrota mais significativa para os bragantinos foi a da deputada federal Simone Morgado, um fenômeno de votos desde que surgiu no cenário político no início dos anos 2000, que na eleição deste ano não repetiu o desempenho de outros pleitos eleitorais e acabou sendo reprovada nas urnas.

Vai fazer falta
A derrota da deputada Simone Morgado terá impacto negativo sem precedentes em Santa Luzia do Pará, já que a parlamentar bragantina é uma das principais parceiras do prefeito Edno Alves e já prestou serviços relevantes ao município. Simone Morgado além de ser a campeã em repasses financeiros para Santa Luzia do Pará, através de emendas ao orçamento da União, cujos recursos foram usados nos mais diversos segmentos, que vão da infraestrutura à saúde, com destaque para o apoio à agricultura familiar com a aquisição de maquinário e equipamentos, passando pela limpeza pública e assistência social, a deputada sempre foi uma espécie de cicerone do prefeito na capital federal na busca de recursos para o município em ministérios e outros órgãos do governo federal. É uma pena...

Aproximação?
Uma suposta tentativa de aproximação do ex-prefeito Adamor com o grupo do PT, liderado pela vice-prefeita Lúcia Machado, tem gerado uma enxurrada de comentários inflamados e muito desconforto em ambos os lados. Eleitores do ex-alcaide que sempre o defenderam caninamente, têm expressado um certo sentimento de revolta em grupos de WhatsApp através de áudios, demonstrando desaprovação ao movimento do chefe, destacando a incoerência do ato com um certo ar de desapontamento. Da mesma forma, em material que o blog teve acesso, mostrando conversas entre membros do grupo de WhatsApp da vice-prefeita, militantes, dirigentes e cardeais do petismo luziense também desaprovam na mesma intensidade o aceno de Adamor aos integrantes do grupo político da ex-vereadora.

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