A Informação Passada a Limpo

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Em tempo - especial eleições



Histórico
Helder Barbalho, aos 39 anos de idade, fez história na política paraense ao se consagrar governador do estado neste domingo, 28, com mais de 2 milhões de votos, marca nunca atingida por nenhum outro político que já ocupou o cargo. Aliás, Helder nestas eleições fez barba, cabelo e bigode. Elegeu os dois senadores da sua coligação - o próprio pai, Jader Barbalho, e o atual vice-governador, Zequinha Marinho - e uma bancada expressiva na Câmara Federal, além de conquistar um grande número de cadeiras na Assembleia Legislativa, o suficiente para dá-lhe capilaridade política e conseguir apoio para uma governabilidade tranquila e sem atropelos.

Nunca antes na história
Em Santa Luzia do Pará, Helder também deixou sua marca nos anais da política local ao ser o primeiro candidato ao governo do estado a vencer seu adversário por uma diferença de mais de mil votos desde a emancipação política, há 28 anos. Sempre muito polarizados, os embates em solo luziense costumam ficar abaixo dos 800 votos de diferença, mas neste domingo Helder Barbalho deixou o candidato oficial do governador tucano comendo poeira com uma ampla vantagem, exatos 1.221 votos.

Dupla dinâmica
O excelente desempenho do governador eleito nas urnas de Santa Luzia do Pará tem as digitais de uma dupla que soube organizar o time e entrou em campo com muita garra e determinação: o prefeito Edno Alves e o vereador Orley Soares, os dois principais cabos eleitorais de Helder Barbalho no município. Ao contrário da boataria adversária que pregava durante a campanha uma suposta desidratação do prefeito e do vereador junto ao eleitorado luziense, Edno e Orley mostraram que estão mais vivos do que nunca no jogo político dando prova de força em uma votação consagradora para Helder, impondo uma fragorosa derrota ao seu arqui-inimigo, Marcio Miranda, apoiado pela poderosa máquina do governo do estado.

Vermelhos unidos
Outro recorte da eleição deste domingo em Santa Luzia do Pará que vale a pena destacar é a votação expressiva do candidato derrotado à Presidência da República, pelo PT, Fernando Haddad que repetiu o desempenho do primeiro turno e levou mais de 7 mil votos dos eleitores luziense dando um claro sinal da força do petismo no município. Sob o comando da vice-prefeita Lúcia Machado, o PT de Santa Luzia continua organizado e marchando unido nas empreitadas da legenda.

Análise
A vitória de Jair Bolsonaro [PSL] ainda levará ao divã comentaristas e cientistas políticos, inconformados com a própria constatação de que foi a vitória contra a velha política, do tostão contra o milhão, a vitória da “guerra de guerrilha” das mídias digitais contra a mídia tradicional. Retirado das ruas pela facada de um ativista de esquerda, Bolsonaro foi eleito presidente sem sair de casa para pedir votos País afora.

Bancada
Bolsonaro articula uma confortável maioria no Congresso Nacional, a fim de garantir a aprovação dos compromissos assumidos durante a campanha, que incluem reformas ambiciosas. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, as negociações estão adiantadas. A expectativa é que, além dos 52 deputados eleitos do PSL, a bancada do governo conte com mais de 300 parlamentares.

Aposentadoria
O desempenho do governador eleito do Pará, Helder Barbalho, bem que poderia servir para aposentar vários “analistas políticos”, que proclamavam sua derrota. Inclusive um certo "instituto de pesquisa" genuinamente papa-chibé, cantado em prosa e verso por jornais, blogs e correlatos que replicavam suas pesquisas com números tão fora da realidade que chamou a atenção da justiça e da Polícia Federal que enquadraram o dono da biboca às vésperas do segundo turno depois de publicar mais uma de suas potocas eleitorais.

Mudança
O deputado federal reeleito de Castanhal, Hélio Leite [Dem], defende que o presidente eleito Jair Bolsonaro se mude imediatamente para uma das residências oficias da Presidência da República na Capital Federal, a fim de garantir a segurança e facilitar reuniões do período de transição. O Democratas de Hélio Leite é um dos partidos que integrará a base de apoio do presidente Jair Bolsonano, com o deputado gaúcho Onyx Lorenzoni já anunciado para a Casa Civil.

Na mosca
Grande parte da imprensa paraense e adversários da família Barbalho passaram toda a eleição criticando os levantamentos eleitorais feitos pelo Ibope para o governo do estado que sempre mostraram Helder Barbalho bem à frente do candidato oficial do governo tucano com ampla vantagem. Não deu outra, a última pesquisa Ibope divulgada no sábado [27], às vésperas do segundo turno, cravou o resultado com diferença de pouco mais de um ponto percentual, rigorosamente dentro da margem de erro. No Ibope: Helder 57% x Márcio 43%. Nas urnas, Helder Barbalho, eleito com 55,43% contra 44,57% de Márcio Miranda, derrotado.

Próximos
A convivência do governador eleito Helder Barbalho com o presidente eleito Jair Bolsonaro promete ser bastante próxima e proveitosa, já que um dos grandes amigos de Bolsonaro e coordenador de sua campanha no Pará, Eder Mauro, foi reeleito para mais um mandato na Câmara Federal pela coligação de Helder, e promete fazer o meio de campo entre o governador e o presidente em prol dos interesses do estado.

De volta
Na contramão de outras dinastias políticas do país envolvendo famílias tradicionais, o clã Barbalho recuperou terreno e voltará a governar o estado do Pará, desbancando o PSDB depois de um quarto de século no poder. A façanha é de Helder Barbalho, de apenas 39, eleito neste domingo, 28, impondo uma derrota maiúscula ao presidente da Alepa - Assembleia Legislativa do Estado do Pará, Márcio Miranda, um político experiente com mais de 20 anos de mandatos consecutivos, apoiado pelo governador Simão Jatene. Em janeiro, o ex-ministro de Michel Temer e de Dilma Rousseff assumirá o cargo já ocupado pelo seu pai, o senador reeleito Jader Barbalho, ao longo de dois mandatos - 1983 a 1987 e 1991 e 1994.

Força política
Em franco exercício de ascensão, outra família que sai fortalecida destas eleições e como uma da principais forças políticas do estado do Pará é o clã Vale, comandado com mão de ferro pelo ex-deputado e patriarca da família, Anivaldo Vale. Fiel da balança em todas as eleições estaduais, o PR, feudo dos Vale no estado, elegeu os irmãos Lúcio Vale e Cristiano Vale, vice-governador e deputado federal, respectivamente. Lúcio encerra o terceiro mandato consecutivo de deputado federal no final deste ano e Cristiano, ex-prefeito de Viseu por dois mandatos, foi o segundo deputado federal mais votado do Pará com mais de 170 mil votos. Leonardo Vale, o irmão mais novo é o prefeito de Cachoeira do Piriá.

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