A Informação Passada a Limpo

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Deputado paraense do PT está jurado de morte

Relator da CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] do Crime Organizado na Assembleia Legislativa, que confirmou, em 2015, a existência de grupos de extermínio em Belém e municípios do interior do estado, o deputado estadual Carlos Bordalo [PT] revelou nesta quarta-feira [05] da tribuna da Alepa que ele e seus familiares estão sendo ameaçados de morte.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, Bordalo relatou que foi procurado na semana passada em seu gabinete por uma pessoa de confiança e avisado de que há um “comando” prometendo matá-lo. No entanto, o parlamentar não seria o único alvo, seu filho Felipe Bordalo e a namorada do deputado, a advogada Juliana Fonteles também estariam na mira do grupo criminoso.

O deputado Carlos Bordalo tem fortes ligações com Santa Luzia, onde inclusive tem uma legião de amigos e correligionários. Amigo pessoal da vice-prefeita Lúcia Machado e de outras lideranças do PT luziense, o parlamentar sempre esteve entre os mais votados no município desde sua primeira eleição para deputado em 2006.

Diante das potenciais ameaças de morte ao deputado Carlos Bordalo, não custa nada lembrar de outros dois deputados paraenses, militantes de esquerda e lideranças de movimentos sociais, assim como Bordalo, que perderam a vida assassinados por pistoleiros na década de 80.
  • Paulo Fonteles: advogado, político e sindicalista conhecido por seu ativismo em defesa dos camponeses foi morto por pistoleiros aos 38 anos no dia 11 de junho de 1987, depois que deixou o mandato de deputado estadual em março daquele ano.
  • João Batista: único deputado assassinado no Brasil, no exercício do mandato, após o fim do governo militar João Batista sofreu três atentados a bala [1985, 86 e 87] antes de ser executado no centro de Belém. Advogado de posseiros e defensor da luta pela reforma agrária, o deputado estadual de 36 anos foi morto na companhia da esposa e de três dos seus cinco filhos três horas após denunciar no plenário da Alepa que estava jurado de morte.

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