A Informação Passada a Limpo

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Em tempo


Despedida

O quase ex-prefeito Edno Alves se despediu do cargo - praticamente - nesta segunda-feira, 28, durante o seu último ato público à frente da prefeitura de Santa Luzia do Pará, a inauguração do Ginásio Municipal Getro Dias de Carvalho, legado do ex-prefeito Louro do PT [in memoriam] cujas obras foram iniciadas no longínquo ano de 2008 e paralisadas no ano seguinte quando estouraram os escândalos de corrupção e desvios de recursos que dominaram o segundo mandato do petista, culminando com o seu afastamento definitivo do cargo por decisão da justiça em fevereiro de 2011.

Fim de festa

Apesar de anunciada com toda pompa e circunstância pelo staff do prefeito Edno, a presença do governador Helder Barbalho, no ato de inauguração do Ginásio Municipal não se concretizou, aí o clima que era de fim de festa transformou-se em velório e o vexame foi geral selando a noite de desventuras do alcaide, que contou com a presença de apenas parte do secretariado e nenhum dos poucos vereadores que restaram na base governista após a derrota acachapante nas urnas. E mais, o "bolo" que o atual prefeito levou é um sinal claro de que o governador não conta mais com ele para seus projetos futuros, deixando explícita ainda mais a nova conjectura política de Santa Luzia e a preferência pelo novo aliado no município.

A propósito

Desde a campanha eleitoral que o prefeito eleito e diplomado, Adamor Aires, vem contestando em sucessivas postagens nas redes sociais a qualidade dos serviços realizados e do material utilizado na obra de conclusão do Ginásio Municipal, inclusive apontando erros grotescos na execução do projeto bem como supostos indícios de superfaturamento e falta de idoneidade da empresa construtora que concluiu a obra, orçada em mais de R$ 600 mil segundo dados do Portal da Transparência do Município.

Câmara

A depender da eleição tranquila para a presidência da Câmara Municipal, que deve referendar o nome do vereador reeleito Ahrnon Oliveira - candidato único ao comando da casa, com as bençãos do governo - o prefeito Adamor não terá dificuldades em aprovar projetos do executivo nem deverá enfrentar um levante oposicionista aguerrido já que três parlamentares eleitos pela chapa do prefeito derrotado, já declararam publicamente adesão ao seu governo que iniciará me 1º de janeiro somando 08 parlamentares em sua base.

Coalizão

Esse é o nome dado ao governo que tem na sua base aliada um espectro difuso de partidos e ideologias que cooperam para dá sustentação ao comandante de plantão do executivo, caso bastante comum nas democracias modernas mundo a fora, especialmente do Brasil. Mas aqui em Santa Luzia do Pará, todo início de governo, principalmente, parece que algumas pessoas não conhecem as regras do jogo político nem a força de indução que o poder exerce, e ficam demonizando os vereadores eleitos pela oposição que aderem ao governo que irá comandar o município. Essa prática é mais do que normal e serve para fortalecer o relacionamento institucional entre executivo e legislativo na condução dos trabalhos administrativos em prol da governabilidade e da colaboração mútua entre os poderes constituídos democraticamente.

Ritmo

A campanha eleitoral acabou faz tempo e todo mundo sabe disso, mas para o vereador eleito e diplomado Fernando Cunha parece que não. O jovem parlamentar ainda não "desligou" e mantém o ritmo acelerado visitando eleitores para agradecer pelos votos obtidos e a consequente vitória consagradora nas urnas em 15 de novembro. Fernando parece que não será daqueles políticos que somem após a eleição e só aparecem depois de quatro anos, dividindo o tempo que resta antes da posse entre a cidade e o interior visitando cada comunidade, ouvindo a população e construindo um plano de ação para ser executado quando assumir sua cadeira no parlamento.

Secretariado

Apesar do curto espaço de tempo, faltando apenas três dias para a posse, o prefeito eleito Adamor Aires não tem pressa para anunciar os nomes que irão compor o seu secretariado. Além das diretorias de Esporte e de Comunicação, cargos de segundo escalão cujos nomes já foram definidos, até o momento são conhecidos apenas os titulares das pastas de Administração e de Educação, sob o cuidados do advogado Aldemir Oliveira e do ex-vice-prefeito Robson Federal, respectivamente.

Nova direção?

Após a derrota do prefeito Edno - até então a maior expressão do MDB no município - e a debandada da maioria dos vereadores eleitos pela legenda, corre a boca miúda que será questão de tempo para o governador Helder Barbalho, aliado de todas as horas do prefeito eleito Adamor Aires desde o mês passado, destituir o diretório do partido em Santa Luzia para entrega-lo a alguém da base do novo prefeito. Quadros qualificados e com vontade de colocar o maior partido político do Brasil e o mais poderoso do estado de baixo do sovaco em Santa Luzia do Pará é o que não falta e um nome, em especial, desponta como franco favorito para assumir os destinos do partido do governador no município. Coisas da política...

Convênios I

Em suas andanças pela capital do estado em busca de recursos para o município, o prefeito Adamor Aires bateu à porta da SEDOP - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas, para verificar a situação dos convênios assumidos entre o órgão e a prefeitura de Santa Luzia do Pará.

Convênios II

Tal foi a sua surpresa. Durante audiência com o número 2 da pasta, o secretário-adjunto de Gestão e Desenvolvimento Urbano, Valdir Parry Acatauassu, foram apresentados dois ofícios assinados pelo atual prefeito, após a derrota nas urnas, pedindo a suspensão dos convênios da operação Tapa Buracos, com 15 quilômetros de asfalto disponibilizados pelo governo do estado através do programa Asfalto por todo o Pará, destinados a recuperar as ruas da cidade que encontram-se em péssimo estado de conservação, e do projeto de construção da orla do rio Curí, obra faraônica amplamente divulgada pelo atual governo desde o ano passado, considerada a cereja do bolo do governo Edno Alves.

Convênios III

Por mais absurdo que possa parecer, em relação à orla do rio Curí, o projeto inicial apresentado pela prefeitura, orçado em mais R$ 4 milhões já havia sido aprovado pelo governador Helder Barbalho, inclusive com os recursos empenhados e previstos no orçamento do estado para o exercício financeiro de 2021, com um aditivo extra de mais R$ 4 milhões, totalizando R$ 8 milhões, sugerido pela equipe de inspeção técnica da SEDOP que esteve no município realizando estudos dos impactos sociais e ambientais, bem como a viabilidade da obra. Mas mesmo assim o prefeito pediu a anulação do convênio por pura birra política.

Convênios IV

Diante da situação, atendendo solicitação do prefeito Adamor e pleito da deputada Cilene Couto, o governador desengavetou os dois convênios e assinou ordem de liberação dos recursos com previsão para 2021, evitando assim que o município perdesse duas obras de grande envergadura e suma importância para a população luziense.

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