A Informação Passada a Limpo

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Assassinato de jovem indígena da etnia Tembé da Reserva Alto Rio Guamá tem causado grande repercussão na imprensa e muita revolta nas redes sociais

O assassinato de um jovem indígena da etnia Tembé, da Reserva Alto Rio Guamá, no município de Capitão Poço na noite da última sexta-feira, 12, tem causado grande repercussão e muita polêmica tanto na imprensa quanto nas redes sociais. Isac Tembé Thenetehara foi assassinado durante uma operação da Polícia Militar. Segundo informações oficiais da corporação, uma viatura foi acionada para atender uma ocorrência de furto de gado em uma fazenda na zona rural de Capitão Poço e que ao chegarem no local os policiais foram recebidos com tiros e revidaram o ataque.

Durante o confronto, ainda de acordo com a versão oficial da PM, um grupo de pessoas fugiu do local onde foram encontrados um gado desossado e um homem baleado ao lado de um revólver calibre 38. Os agentes conduziram o ferido para uma unidade de saúde de Capitão poço, que foi identificado como Isac Tembé Thenetehara de 24 anos. Isac não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

Já para os familiares e amigos da vítima - que é filho do cacique da aldeia Jacaré e fazia parte de um grupo de jovens guerreiros Kamarar Wá - a versão é outra e questionam as declarações da polícia de que a morte teria ocorrido após confronto. Segundo eles, Isac estaria caçando juntamente com outros indígenas quando foi morto e afirmam que o jovem foi executado pelos policiais. Além disso, argumentam também a ausência de perícia no local  e dizem que o corpo foi removido para uma funerária sem que a família soubesse do que teria acontecido.

Ainda de acordo indígenas amigos do guerreiro, os policiais militares envolvidos na morte ficaram trancados durante a noite na delegacia de Capitão Poço e na manhã de sábado [13] teriam fugido da cidade, temendo reação dos índios por conta do clima de revolta na aldeia.

A agitação também acontece nas redes sociais, com as postagens de indignação de amigos e familiares da liderança indígena, cobrando providências do poder público e esclarecimentos sobre a morte do jovem.

Após o crime o MPF - Ministério Público Federal, que mantém processos judiciais a favor dos indígenas e de desocupação das terras invadidas há décadas por fazendeiros e madeireiros, pediu informações sobre o caso á Polícia Militar, á Polícia Federal, á Polícia Civil e à Funai - Fundação Nacional do Índio.

Amigos de Isac usaram as redes sociais para se manifestar sobre a morte do jovem e liderança indígena:



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